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Inédito na América Latina

Imagens mostram regressão do câncer em paciente terminal após terapia genética

Corpo de homem estava coberto por tumores que desaparecem com tratamento


Exames feitos com pouco mais de um mês de diferença mostram a remissão de um linfoma em fase terminal no mineiro Vamberto Luiz de Castro, 62 anos, que recebeu um tratamento inédito na América Latina, baseado em uma técnica de terapia genética descoberta no exterior e conhecida como CART-Cell.


Foto: Reprodução Fantástico/TV Globo

No início de setembro, o corpo do paciente estava tomado por tumores, mas, nesta semana, a maioria deles já havia desaparecido. Os que restam, segundo os médicos, sinalizam a evolução da terapia.

Os médicos e pesquisadores do Centro de Terapia Celular (CTC-Fapesp-USP) do Hemocentro, ligado ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, dizem que Vamberto está "virtualmente" livre da doença.

Os especialistas, no entanto, não falam em cura ainda porque o diagnóstico final só pode ser dado após cinco anos de acompanhamento. Tecnicamente, os exames indicam a "remissão do câncer".

Antes do tratamento, ele tomava doses máximas de morfina diariamente e não conseguia mais andar. O tumor havia se espalhado pelos ossos. Ele tinha tentado quimioterapia e radioterapia, mas seu corpo não respondeu bem a nenhuma das técnicas. Após uma semana com a terapia genética, Vamberto já havia voltado a andar e deixado de sentir fortes dores.

Os pesquisadores da USP – apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pelo Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) – desenvolveram um procedimento próprio de aplicação da técnica CART-Cell.

Terapia Genética

A CART-Cell é uma forma de terapia genética já utilizada nos Estados Unidos, Europa, China e Japão. Esse método consiste na manipulação de células do sistema imunológico para que elas possam combater as células causadoras do câncer.

A estratégia consiste em habilitar células de defesa do corpo (linfócitos T) com receptores capazes de reconhecer o tumor. O ataque é contínuo e específico e, na maioria das vezes, basta uma única dose.

No EUA, os tratamentos comerciais já receberam aprovação e podem custar mais de US$ 475 mil.

Fábio Manzano, G1

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