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CCJ da Câmara discute prisão de condenados em segunda instância

Com Supremo pautando três ações sobre o tema para a quinta-feira, decisão de hoje dos deputados, que exige quórum qualificado, tem praticamente valor apenas simbólico

Por Portal Eu, Rio! em 15/10/2019 às 11:06:08

Deputado Delegado Fernando Franceschini propõe prisão de condenados em segunda instância votada ainda esta terça (15/10) na Comissão de Constituição e Justiça Foto Agência Brasil Tânia Rêgo

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), convocou reunião deliberativa extraordinária para as 13 horas desta terça-feira (15/10) para votar proposta que permite a prisão de condenados em segunda instância. A convocação foi feita nesta segunda-feira (14). Na reunião, os deputados deverão analisar a Proposta de Emenda à Constituição 410/18, que deixa clara a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. O texto provocou polêmica na CCJ no ano passado e acabou não sendo votado. O deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR) era o relator, mas não chegou a apresentar parecer. Neste ano, a relatora designada foi a deputada Caroline de Toni (PSL-SC), que também ainda não apresentou o parecer.


Caso de Lula polariza atenções e mobiliza opinião pública em torno da validade de sentença penal condenatória

A proposta ganhou destaque no ano passado após a prisão do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. Lula foi condenado, em segunda instância, a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá, em São Paulo. Pelo texto da PEC 410/18, após a confirmação de sentença penal condenatória em grau de recurso (Tribunal de 2º grau), o réu já será considerado culpado, podendo ser preso. Hoje, o texto constitucional estabelece que o réu só pode ser considerado culpado – para fins de prisão – após o trânsito em julgado, ou seja, após o esgotamento de todos os recursos em todas as instâncias da Justiça.

Em 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF) mudou a jurisprudência vigente até então e passou a permitir o cumprimento de sentença penal condenatória após confirmação em grau de recurso (2º grau). O STF volta ao tema na quinta-feira (17/10) quando deve votar três ações que discutem a validade da prisão após a condenação em 2ª instância.

Fonte: Com Agência Câmara de Notícias

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