Decisivo contra o Vasco, Matheus Alessandro espera novas oportunidades com Marcelo Oliveira

Na noite de ontem, no clássico contra o Vasco, na casa do adversário, Pedro foi o autor do gol Tricolor. Porém, o fato do Fluminense ter conseguido igualar o marcador se deve muito a entrada de Matheus Alessandro, que mudou a cara do time. O atacante foi a campo na etapa final da partida, no lugar de Dodi, que estava pendurado com cartão amarelo.

O jogador, de 22 anos, foi descoberto no torneio "Taça das Favelas". Antes de chegar ao Fluminense, recusou proposta do Flamengo, devido ao não recebido em uma peneira por ser muito franzino, e chegou a treinar no Palmeiras, mas retornou ao Rio de Janeiro por não conseguir ficar longe da família. Matheus Alessandro é sobrinho do ex-zagueiro Fernando, que atuou pelos rivais da Gávea e de São Januário.

Em entrevista exclusiva ao Portal "Eu, Rio!", o atleta falou do alívio em entrar bem no clássico, a chance de mostrar que pode ser útil ao time, o trabalho de Marcelo Oliveira, dentre outros assuntos.

"Um pouco de alívio, sim. Joguei solto, do jeito que gosto de jogar. Com as oportunidades que ele (Marcelo Oliveira) me der de jogar, espero poder mostrar mais coisas", disse o atacante sobre o clássico, já na esperança de novas chances de entrar em campo.

Para ser mais utilizado pelo técnico Marcelo Oliveira, Matheus admite até mudar de características e posição.

"Em qualquer posição que ele quiser me colocar, vou estar lá para ajudar. Como eu disse para o professor Abel (ex-técnico do Fluminense), jogo aonde for. Sempre darei meu melhor para poder ajudar a equipe, e com o professor Marcelo não vai ser diferente.

O atacante revelou seus objetivos na temporada e acredita que este ano será fundamental para sua afirmação no Fluminense.

"Quero jogar tudo que sei, me firmar no Fluminense e ganhar a Copa Sul-Americana. E acredito que sim, que esta temporada será fundamental para minha afirmação. Com uma sequência boa de jogos, mostrarei meu valor."

O jogador avaliou a chegada de Marcelo Oliveira, contratado pelo clube em junho, após o pedido de demissão de Abel Braga, e o que mais vem lhe chamando atenção na proposta de trabalho apresentada pelo novo técnico.

"Ele é um grande treinador, por onde passou foi campeão. Espero poder contribuir muito nas vezes que me der oportunidade. Ele gosta muito dos atacantes de lados, e isso é bom para mim, porque eu atuo pelo lado esquerdo. Ele sempre vem conversando comigo no dia a dia, me dá liberdade pra ir pra cima dos adversários e concluir bem as jogadas."

A mudança de técnico acaba muitas vezes motivando jogadores que não estão tendo oportunidades ou estão amargando o banco de reservas. Matheus minimizou a questão e enfatizou que independente de quem estiver jogando, sempre estarão dando o seu melhor pelo Fluminense.

"Aqui no grupo, não vejo ninguém titular e ninguém banco. Aqui todo mundo é unido. Quem começar jogando vai dar o seu melhor, e quem entrar também sempre estará dando o seu melhor para o Fluminense sair vitorioso."

No Cruzeiro e no Palmeiras, onde conquistou títulos expressivos, Marcelo Oliveira sempre fez questão de ter jogadores de velocidade, habilidade e que atuam pelo lado do campo, no elenco. Perguntado se isso serve de motivação para brigar por uma vaga entre os titulares, o atleta pontuou que começar entre os onze é consequência do trabalho realizado.

"Se eu entrar durante a partida ou começar jogando, não faz diferença, porque minha vontade é ajudar o Fluminense e me ajudar. Titularidade é consequência de trabalho. Aqui, estamos unidos e respeitamos a opção do treinador. O que não pode faltar é vontade, e isso esse grupo tem de sobra."

Matheus rasgou elogios ao companheiro Pedro, que vem sendo o principal destaque do Fluminense na temporada, e quem ele considera, hoje, o melhor centroavante atuando no Brasil.

"Não tenho o que falar do Pedro, é um jogador fantástico. Para mim, é o melhor centroavante que tem no Brasil. Fico feliz em participar um pouco da história dele. Jogamos juntos na base e estamos juntos aqui no profissional do Fluminense. Ele é craque."

Por fim, o jogador acredita que a dupla Pedro e Matheus tem tudo para simbolizar o futuro do Fluminense.

"Assim como fizemos um pouco de história na base, no Brasileiro Sub-20 e na Copa RS, do Rio Grande do Sul, podemos fazer aqui no profissional. Aqui é mais difícil, cobrança maior, mas nada é impossível", encerrou.