Filial da milícia Liga da Justiça aterroriza município de Itaguaí

Uma filial da maior milícia do Rio, a Liga da Justiça, atormenta a população do município de Itaguaí, na Região Metropolitana fluminense. O grupo foi alvo de uma operação da Polícia Civil nesta quarta-feira (13).

Os milicianos usam vestimentas semelhantes às da polícia, como e coturno e coldre, além de utilizar carros roubados para circular pelas ruas e extorquir, principalmente, comerciantes.

Os suspeitos são acusados de ameaçar e matar testemunhas como fator de intimidação. Realiza ainda roubos, receptações, sequestros, torturas, ocultação de cadáveres, danos materiais e outros crimes.

Uma das áreas afetadas é o bairro do Engenho, mais precisamente na Avenida Ari Parreiras, onde comerciantes já relataram que sofreram extorsão. Os paramilitares os obrigam a lhes pagar, como condição de segurança pessoal e de seus negócios, à título de 'taxa de arrego', para que não viessem a ser vítimas do grupo. Moradores da localidade também são vítimas.

Outros bairros onde a quadrilha atua são Ponte Preta, Santana, Vila Margarida, Mangueira, Teixeiras, Itimirim, Vila Geny, Coroa Grande, Mazomba, Ibirapitanga, Sase e Chaperó,

O chefe da célula da Liga da Justiça em Itaguaí é um criminoso identificado como Carlos Eduardo Benevides Gomes, o Bene, que segue as ordens de Wellington da Silva Braga, o Ecko, líder máximo da quadrilha.

Na operação de hoje, os agentes informaram que a organização explora também o transporte alternativo e a venda de gás.

Foram cumpridos, durante a operação, oito mandados de prisão preventiva, expedidos pelo Juízo da Comarca de Itaguaí. Entre os presos está Ronan Deyverson de Aquino Ferreira, reconhecido como um dos milicianos mais violentos na extorsão aos comerciantes.