Um dado preocupante para os pais de recém-nascidos. São poucas as maternidades que realizam o BERA (Potencial Evocado Auditivo), conhecido como teste da orelhinha, como triagem. O exame geralmente é usado para uma avaliação mais detalhada para os que apresentam alteração na Otoemissão ou são crianças de risco, que precisam de uma análise mais detalhada. Em 95% das maternidades, é realizado somente o teste das Otoemissões.
O objetivo do teste da orelhinha é diagnosticar a deficiência auditiva ainda nos primeiros meses de vida, avaliando assim a audição e detectando precocemente algum grau de surdez no bebê.
BERA é um exame investigativo onde é visto o limiar da audição do bebê, um procedimento um pouco mais demorado, que pode ser feito com uma sedação. A criança tem que estar dormindo, são colocados eletrodos na cabecinha e também fones nos ouvidos da criança. Esses fones emitem sons.
"O BERA nos fornece um detalhamento maior acerca da audição da criança, diferente das Otoemissões, que se limita apenas a dizer se passou ou não passou na triagem. Fazendo apenas o exame da Otoemissões, se a criança não passar, ainda assim, ficamos sem saber se ela tem uma perda auditiva grande ou se é uma coisa leve, porque ela avalia até 35 a 40 dB", alerta a médica Andréa Pires de Mello, Chefe do Centro de Pesquisa da Audição e Equilíbrio da Clínica Pires de Mello e Mestre pela Fiocruz (ENSP).