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Marcinho VP e Beira-Mar foram absolvidos da acusação de ataque ao Afroreggae

A ação ocorreu em 2012.

Por Mario Hugo Monken em 03/01/2020 às 17:57:31

Fernandinho Beira-Mar (Foto) e Marcinho VP foram absolvidos pela Justiça no ano passado da acusação de terem participado de ataques que sofreu a sede da ONG Afroreggae. Foto: Divulgação

Os traficantes Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, todos ligados ao Comando Vermelho (CV), foram absolvidos pela Justiça no ano passado da acusação de terem participado de ataques que sofreu a sede da ONG Afroreggae, no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, em 2012. A sentença saiu em fevereiro e ainda não havia sido divulgada.

Na época, houve depoimentos que atribuíam a um pastor estar associado ao CV. A partir daí, os espaços do Afroreggae passaram a sofrer ataques dos criminosos.

Foi apurado na ocasião um suposto descontentamento das lideranças da facção criminosa com a ONG, através de uma carta encaminhada por Marcinho VP a um outro membro do CV na qual se refere ´suspender´ um dirigente do Afroreggae.

Um oficial da PM relatou que recebeu um telefonema de que ocorrera um incêndio na sede do Afroreggae, entretanto, não conseguiu colher qualquer dado ou informação que ligasse o incidente ao Comando Vermelho, tampouco que houvesse eventual desentendimento com Marcinho VP, tendo apenas ouvido rumores sobre os supostos autores do atentado.

Um líder comunitário, ao ser ouvido em Juízo, declarou que três homens de motocicleta foram até sua residência e gritaram para avisar ao Afroreggae para sair da comunidade, entretanto, declarou que não tinha como afirmar que eles fariam parte do Comando Vermelho e que não ouviu nada a respeito do envolvimento dos traficantes no caso.

A Justiça também alegou que não tinha como afirmar que a expressão ´mandar um salve´, utilizada numa conversa entre Beira-Mar e Marcinho, seria uma determinação para os ataques posteriormente realizados contra a ONG.

Bruno Eduardo da Silva Procópio, conhecido como Piná, outro réu no caso, também foi absolvido.

De todos os réus, apenas Pezão encontra-se solto.

A ONG deixou o Alemão após os ataques e hoje concentra suas atividades na Lapa, Caju, Vigário Geral, Cantagalo e Parada de Lucas.



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