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No Dia do Rodoviário, ouvimos histórias de quem faz a cidade rodar

Por Caroline Carvalho em 25/07/2018 às 13:55:42

Milhões de pessoas são conduzidas por motoristas pelo país (Gabriel Jabur/Agência Brasília)

Quem anda diariamente pela cidade percebe. São muitos ônibus que trafegam 24h, sem parar. Não é para menos: de acordo com a Rio Onibus são 20 mil motoristas e mais 16 mil profissionais, entre cobradores, despachantes e mecânicos que fazem o sistema rodar, levando em média 3 milhões de pessoas. E, no Dia de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas e viajantes, é comemorado o dia do Rodoviário. O Eu,Rio! conheceu algumas histórias de quem tem orgulho da profissão e passou a paixão adiante. 

Vagner da Silva é motorista há 12 anos. Levado para o emprego pelo pai, o também motorista Luiz Cláudio da Silva (falecido em 2012), lembra com saudade do tempo que chegou a trabalhar no mesmo carro que o pai, um como cobrador e o outro como motorista. 

"Ele sempre me alertava aos perigos do trânsito. Ele tinha um olhar diferente, de orgulho, confiava demais em mim. E dizia que só os treinamentos tornavam um motorista profissional", diz Vagner. Ele conta que se sentia orgulhoso de mostrar ao pai os ensinamentos aprendidos. "A cada risco que eu evitava, eu me sentia orgulhoso do meu pai ver que eu era um motorista defensivo. E ele também se orgulhava por fazer parte da minha instrução como motorista e como pessoa", recorda o filho, emocionado.

O dia do Rodoviário é uma homenagem não apenas aos profissionais que trabalham em empresas de ônibus, mas também aos que transportam cargas. Apesar da rotina desgastante e as dificuldades da carreira, como a violência, motoristas, cobradores e outros profissionais do setor declaram orgulho pela profissão. 

Empresa faz homenagens aos profissionais nas redes sociais

Vagner se recorda da importância que seu pai teve em sua carreira, desde o início na Transporte Flores, que homenageará os profissionais durante 10 dias em suas redes sociais.

 "Eu saí da empresa em 2008 para ingressar num concurso público que passei. Não deu certo, eu quis voltar e, a pedido do meu pai, eu voltei. Quando ele adoeceu, me desliguei para cuidar dele. Dois meses depois do meu pai falecer, em 2012, a empresa, mais uma vez, me concedeu a chance de voltar. O meu pai e a Flores foram muito importantes para mim", conta o motorista.

Outra história emocionante é do supervisor de operação Manoel Amintas, com 25 anos de carreira como rodoviário. Ele se apaixonou pela profissão ainda novo, quando era motorista no transporte de cargas.  Para ele não bastar gostar da profissão, é preciso gostar e saber lidar com pessoas e ficar sempre atento às oportunidades de capacitação.

"Eu me sinto dentro de um corpo em movimento, que a todo momento uma célula depende da outra. Me sinto muito bem dentro dessa dinâmica que é ser rodoviário. Para mim, é um orgulho", afirma.

Com 71 anos, 30 deles no transporte público, o cobrador João Gomes Filho afirma que paciência é uma característica de quem atua no setor e as pessoas sempre o verão de bem com a vida.

"Quem me vê trabalhando, sempre vai me ver de bem! Só tenho a agradecer por todas as oportunidades que o meu trabalho me proporciona", diz Gomes Filho.

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