Livro que será lançado conta fatos médicos de Niterói

Em tempos nos quais se fala no retorno de várias doenças, em função da descrença das pessoas com relação à eficácia das campanhas de vacinação, é sempre bom lembrar daquele que estudou por mais de 30 anos uma vacina para a erradicação da poliomielite no Brasil e deixou a patente para a humanidade, sem querer nada em troca. O nome dele é Albert Bruce Sabin, médico e pesquisador.

O cientista esteve no Brasil, em 1979, a convite do então presidente da AMF, Alcir Vicente Visela Chácar, para proferir uma palestra, no IX Congresso da Associação Médica Brasileira e XVII Congresso da Associação Médica Fluminense, intitulada “Problemas de imunizações na infância em diferentes partes do mundo”. Durante o seu colóquio, ele explicou, mais uma vez, sobre a ineficiência das campanhas de vacinação, sobretudo, no Brasil.

De volta aos Estados Unidos, país onde concluiu os seus estudos sobre a vacina contra a poliomielite, ele foi chamado às pressas pelo presidente da AMF, conforme as trocas de telex guardadas pelo médico, sobre o aumento do número de casos da doença em 300%. Sabin largou tudo que estava fazendo em solo americano e rumou para o Brasil no combate à doença. O que aconteceria a seguir é fruto dessa e de outras histórias que estão retratadas no livro “Associação Médica Fluminense – mais de 100 anos de amor à Medicina”, no dia 14 de janeiro, a partir das 19h, no salão nobre da Associação Médica Fluminense.

Embora seja um livro institucional, a obra cumpre o papel de refletir sobre o poder do associativismo, desde o seu embrião, em 1897, até dias atuais. Como diz o organizador, Alcir Vicente Visela Chácar, que tornou viável a realização dessa obra, mediante o ímpeto de guardar e conservar um rico acervo de jornais e revistas de épocas, documentos históricos e fotos inéditas, o livro também tem a missão de resguardar a história e humanizar a Medicina.

Um dos projetos aprovados pela Lei de Incentivo à Cultura, em 2019, o livro será lançado pela Texto & Café Comunicação e Editora, sob a responsabilidade da jornalista Verônica Martins de Oliveira, e a administradora Maria Gomes, encarregada de toda a gestão do projeto. Integram ainda a equipe, a historiadora Ingrid Casazza, a designer Ingrid Cariello e a revisora Maria Bernadete Murno de Aquino.