A PROTESTE - Associação Brasileira de defesa do Consumidor, realizou no mês de julho um estudo em 30 postos de venda de combustíveis na cidade do Rio de Janeiro e constatou irregularidades no volume de abastecimento em 12 deles.
De acordo com a PROTESTE, em dois postos foram encontradas diferenças na quantidade de abastecimento. O limite tolerado para cada litro de combustível é 100 ml, para mais ou para menos. Em um dos postos, a constatação foi a de que a quantidade de gasolina entregue pela bomba e a aferida pelo equipamento medidor do Inmetro foi superior, com 180 ml a mais do indicado.
Em um outro posto na Tijuca, o abastecimento continha 20 ml a menos do que o informado.
Este tipo de irregularidade foi encontrado em 12 dos 30 postos pesquisados. Com isso, o consumidor pagava um litro e recebia menos.
Outra irregularidade também diz respeito à quantidade de litros. Nem sempre o que é posto na nota fiscal condiz com o que é mostrado na bomba. Isto porque normalmente a gasolina que sai da bomba apresenta duas casas decimais, enquanto na nota fiscal aparece com três.
Como se proteger
A técnica Michelle Marques, da PROTESTE, explica que é importante que o motorista peça o teste do combustível antes de abastecer. Isso pode ser feito porque o posto é obrigado a manter kits para as averiguações. Os testes medem a quantidade de etanol na gasolina, o teor alcoólico do etanol e a qualidade do combustível. Em caso de desconfiança, é preciso realizar o teste, cujos kits são de presença obrigatória nos postos.
Caso o consumidor encontre ou desconfie de alguma irregularidade, deve denunciar à Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Michelle também orienta ao consumidor guardar o cupom fiscal. Nele estão o CNPJ, a Razão Social, endereço e forma de identificação do posto. Após o abastecer e sair do posto, o motorista não tem como comprovar se o combustível está adulterado ou não.