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Tráfico na Vila Aliança premia bandidos com drogas de graça um dia por ano

Traficantes criaram o "Dia do Direito", uma espécie de bonificação dada aos integrantes da quadrilha

Por Mario Hugo Monken em 23/01/2020 às 16:30:55

Tráfico em Vila Aliança cria o Dia do Direito. Foto: Divulgação

Investigação policial revela que os bandidos que controlam a venda de drogas na comunidade Vila Aliança, na Zona Oeste do Rio, criaram o "Dia do Direito", uma espécie de bonificação dada aos integrantes da quadrilha podendo pegar na 'boca de fumo' quatro papelotes de entorpecentes de R$ 5 ou um papelote de R$ 20.

A favela possui também uma rede de monitoramento, vigilância e informação em relação a presença das forças policiais na região onde o grupo atua, objetivando a proteção aos pontos de venda de drogas (´bocas de fumo´), a liberdade dos chefões e dos comparsas no tráfico.

Gringa

Essa investigação, que foi comandada pela 25ª Delegacia de Polícia (Engenho Novo), foi a mesma que descobriu os suspeitos que integravam o tráfico no Morro da Cotia, no Lins de Vasconcelos, na Zona Norte da capital, dominado pelo Comando Vermelho (CV).

No local, atuava uma traficante colombiana conhecida como Gringa ou Baronesa do Tráfico, já presa.

Ela era integrante de família de narcotraficantes que imigrou para o Brasil para estabelecer base de abastecimento de cocaína assim como para servir de entreposto no envio da droga para outros países da Europa. Residia em um condomínio de classe média alta na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.

Gringa tinha vários endereços no Estado de São Paulo, região do país de onde vem a droga comercializada pelo grupo. Ela não promoveu a legalização e registro de dois açougues de sua propriedade, para evitar que eles fossem vinculados aos seus dados qualificativos e CPF, e consequentemente, entrassem nos bancos de dados oficiais e no radar de investigação e fiscalização das forças de segurança. Segundo as investigações, havia a possibilidade real de que os estabelecimentos fossem usados como entreposto para o comércio de armas, drogas e munições comercializadas pela quadrilha.

Altas quantias

Em um outro núcleo da quadrilha, foi descoberto também que uma integrante do tráfico, conhecida como Rose do Coroa Costa, também presa e que teria sido traída pelos seus comparsas, passou a divulgar informações sobre o bando sendo flagrada em interceptações.

Ela revelou, por exemplo, que era mulher de um suspeito identificado como Costa (preso), que trabalhava para dois traficantes presos em Bangu, identificados como Senhor Iran ou Cabra Bom e Vasco.

Rose chegou a dizer que ajudava o companheiro a contabilizar grandes quantias em espécie, no interior da residência do casal, citando as cifras de R$ 500.000 e R$ 1.000.000,00. Disse ter pago R$ 5.000,00 para Costa ser transferido do Presídio Ary Franco, no bairro de Água Santa, também para Bangu, onde se encontrava preso José Iran.

Foi descoberto também que outra integrante do tráfico, conhecida como Rose do Coroa Costa, também presa e que teria sido traída pelos seus comparsas, passou a divulgar informações sobre o bando.

Ela revelou, por exemplo, que era mulher de um suspeito identificado como Costa (preso), que trabalhava para dois traficantes presos em Bangu, identificados como Senhor Iran ou Cabra Bom e Vasco.

No dia 28 de maio de 2018, dois integrantes do bando foram presos em Casimiro de Abreu, transportando grande quantidade de cocaína (41 quilos), um fuzil AK47, calibre 762, além de mais de 400 munições, em um compartimento secreto existente no interior de um veículo Renault Logan, monitorado via satélite pelos supostos líderes.


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