Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um funcionário da CEDAE passando mal durante o trabalho na estação Guandu, na baixada fluminense. As imagens revelam alguns homens sujos e outro deitado no chão. Um deles denuncia as condições de trabalho e afirma que os empregados estariam sendo submetidos ao confinamento em áreas com carvão ativado. Em nota, a companhia de abastecimento de água do Rio de Janeiro confirmou a veracidade do episódio. Contudo, a CEDAE negou que o empregado tenha desmaiado devido a exposição ao minério.
"Os trabalhadores envolvidos na aplicação do carvão ativado estão utilizando o equipamento de proteção individual - recomendado pela empresa que presta o serviço e está no local oferecendo treinamento para operar o sistema. No caso mencionado, o trabalhador que aparece na imagem não estava se sentindo bem mesmo antes do expediente e não relatou o fato. Após realizar atividade que exige esforço, sentiu-se mal e recebeu todo o suporte da companhia", afirmou a nota.
No comunicado, a empresa ainda disse que devido à quantidade de carvão ativado necessária para atender à vazão da ETA Guandu, não havia no mercado brasileiro uma empresa que pudesse fornecer a pronta entrega de todo o volume em 'bags', que pesam 500 kg cada. Desse modo, para conseguir atuar com a agilidade que o momento exige, a Cedae recebeu uma parte do produto em sacos menores e parte da carga precisou ser descarregada por empilhadeira com suporte manual.
Ainda segundo a companhia, a partir desta semana serão recebidas apenas as 'bags', que não exigem trabalho manual, sendo a operação 100% automatizada.
"Cabe informar que a utilização do carvão ativado não tem relação com o fato ocorrido, inclusive, o produto é utilizado em outras estações de tratamento de água do Brasil, e está presente também em filtros residenciais", concluiu a nota.
Há cerca de uma semana, a companhia tem trabalhado para reverter a crise de abastecimento que se instalou no Rio de Janeiro. Entretanto, apesar dos esforços, consumidores ainda reclamam do gosto da água e continuam preocupados com a sua qualidade.