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No sufoco

Laudos sobre onze mortes no Pedro II vêm a público esta semana

Defensoria Pública e Vigilância Sanitária do Estado do Rio de Janeiro investigam falhas no ar condicionado e no sistema de oxigênio da unidade em Santa Cruz, na Zona Oeste


Vistoria da Defensoria Pública e da Vigilância Sanitária no Hospital Pedro II verificar possíveis falhas no funcionamento do sistema de oxigênio da unidade que pode ter causado a morte de 11 pacientes
As razões para a morte de 11 pacientes em menos de três dias no Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste, dependem de laudos técnicos previstos para o início da semana que vem, de 10 a 16 de fevereiro. A previsão é da Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ), que realizou, na última terça-feira (4), mais uma vistoria no Hospital. O objetivo foi verificar possíveis falhas no funcionamento do sistema de oxigênio da unidade que, segundo pacientes e funcionários, poderia ter acarretado na morte de 11 pacientes em menos de 36h.


A defensora pública e coordenadora da Coordenadoria de Saúde e Tutela Coletiva da DPRJ, Thaísa Guerreiro, realizou a vistoria acompanhada de uma equipe técnica e de representantes da Vigilância Sanitária do Estado do Rio de Janeiro. Segundo ela, ainda não é possível afirmar se houve falha no sistema de oxigênio do hospital.

— Precisamos de um posicionamento da Comissão de Investigação de Óbito Hospitalar, que irá analisar a questão ainda esta semana, e da nota técnica da Vigilância Sanitária para assegurarmos uma avaliação correta sobre o caso — explicou a defensora.

No final de 2019, com o agravamento da crise no sistema de saúde do município, a Defensoria Pública implementou uma série de medidas para garantir a regularização dos atendimentos médicos prestados à população fluminense. Thaisa Guerreiro ressaltou que a vistoria é uma forma de monitorar a efetividade das medidas adotadas pelo governo após a instauração de um gabinete de crise.

— As medidas que a Defensoria vem realizando é uma forma de frear o retrocesso social que acontece desde 2017 e que culminou nesta crise que afeta a saúde pública fluminense — afirmou.

Vistorias paralelas no Miguel Couto, na Coordenação de Emergência Regional do Leblon e na Maternidade Maria Amélia apontaram falta de papel e de luvas cirúrgicas

A Defensoria Pública também esteve em outras unidades de saúde municipais. As vistorias foram realizadas na Maternidade Maria Amélia, no Hospital Miguel Couto e na Coordenação de Emergência Regional (CER) Leblon. Segundo a defensora Thaisa Guerreiro foram constatadas condições críticas no abastecimento de insumos hospitalares básicos, como luvas cirúrgicas e papel.

— Alguns insumos fundamentais para o funcionamento das unidades estavam com o estoque zerado. Encontramos um quadro bastante preocupante nessas unidades. Essa situação é um indicativo de que os problemas da saúde ainda não foram solucionados. A Defensoria Pública está atenta à essa situação e continuará monitorando a atuação do município — afirmou.

Com site da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro

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