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Casal viaja por 32 países em 16 meses

Aventura renderá livro com histórias, fotos e dicas de viagens

Por Caroline Carvalho em 22/06/2018 às 18:53:14

Casal regista pirâmide do Egito (Henrique Barbosa)

Ele queria viajar e conhecer o mundo. Ela embarcou no sonho do namorado. Juntos percorreram, em 16 meses, 32 países entre Ásia, África e Europa e têm uma certeza: a vontade de viajar mais só aumentou.

Henrique Barbosa, 28, é comunicólogo e Mariana Menezes, 33, é analista em Relações Públicas e são os personagens da nossa história, que durou 16 meses e terminou essa semana, quando embarcaram de volta para o Rio de Janeiro.

Henrique foi picado pelo mosquitinho da viagem quando conheceu o Canadá em 2011, durante um intercâmbio. Ele teve uma nova perspectiva do mundo e decidiu que juntaria dinheiro para fazer uma viagem. Pensou que duraria um ano, pois teria tempo para descobrir destinos e se conectar às culturas. Foi quando conheceu Mariana e dividiu com ela essa vontade de viajar.

"Com o tempo ela também se animou para ir e começamos a juntar dinheiro, o que tomou 3 anos das nossas vidas. No fim a viagem que seria de 1 ano durou 4 meses a mais e poderia ter sido de dois ou três anos se quiséssemos, talvez ainda mais", explicou Henrique.

Seguiram o clima e uma rota que fosse da Ásia para a Europa e escolheram a Tailândia por ser um país central no sudeste asiático, além da não exigência do visto.

O orçamento era limitado e Henrique conta que não havia meta diária, mas era necessário economizar. "Sabíamos que tínhamos que gastar pouco. Por isso, economizávamos em hospedagens, transporte e alimentação, que geralmente é onde se gasta mais. No fim conseguimos gastar o que juntamos e ainda ter dinheiro para viajar mais se quiséssemos", conta.

Eles aproveitaram o espírito aventureiro e fizeram a maior parte da viagem de ônibus, uma vez que a viagem de avião encarece o orçamento, além de tirar partes importantes do trajeto, e deixam de dar boas histórias.

"Nossas melhores histórias surgem justamente em viagens de ônibus entre os países. Além disso, cruzar as fronteiras de ônibus costuma ser mais barato, rápido e menos burocrático do que de avião", contou o casal.

Mas nem tudo são flores em uma viagem tão longa. Perrengues acontecem e mochileiro que se preza tem que ter jogo de cintura para contornar e calma para racionalizar o problema. "Fomos furtados em Roma, colocados para fora de casa no meio da noite por um anfitrião maluco na Capadócia. Fomos enganados na Mongólia também, porém, em todas as vezes conseguimos contornar a situação e sair por cima".

Mesmo conhecendo diversos países, sempre tem aquele local especial, que faz o coração bater mais forte. O casal elegeu alguns lugares e situações que transformaram suas vidas.

"O parque nacional de Amboseli, no Quênia, aos pés do Kilimanjaro é um lugar inesquecível. Assim como ter feito a rota Transiberiana. Passar a noite no Saara, cuidar de elefantes em Chiang Mai, na Tailândia. Ver a Porta do Céu na China. Conhecer o Japão na época das cerejeiras e o voo de balão na Capadócia também foram experiências de tirar o fôlego".

Henrique diz que a saudade apertou e, por isso, decidiram voltar. Mas acha que o sentimento que fica é de um mundo que ainda precisa ser explorado, descoberto, pois para ele, lidar e valorizar diferentes religiões, costumes, modo de agir, são os pontos que transformam o turista em viajante.

O viajante, como ele se define, ainda revela que pretende fazer um livro com o diário de bordo e as várias fotos que tirou dos lugares. Além disso, pretende oferecer dicas para quem deseja fazer uma viagem parecida.

"Planeje, acredite e sonhe. Vai demorar, não vai ser fácil. Vai parecer impossível, mas em 3, 6, 10 anos você pode estar cruzando as montanhas da Índia, nadando com tubarões na Austrália ou tomando um vinho aos pés da Torre Eiffel, em Paris. Não vale a pena esperar?"

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