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Ala das baianas desfila sem saias no Império Serrano

Apesar do clima de consternação, mulheres vão para a Avenida com samba no pé e determinação

Por Portal Eu,Rio! em 22/02/2020 às 05:32:26

Baianas desfilam sem saias e chorando, mas superam problema com muita determinação durante o desfile. Foto: Reprodução

A concentração do Império Serrano não poderia ter sido pior. As saias das baianas não foram entregues a tempo e acabou causando um clima de consternação. A fantasia lembrava o enredo da Serrinha de 83. Na época, o Império defendia seu último título, que foi em 1982. Além do problema com as saias, o carro abre-alas teve dificuldade de acoplar. Com o cronômetro disparado, a situação ficou tensa. Durante o desfile, as alas com problemas e integrantes sem chapéu eram facilmente perceptíveis.

Com poucos minutos de desfile, o abre-alas desacoplou e a escola foi obrigada a desfilar com quatro carros, o que pode acarretar perda de décimos. Entretanto, o amor pela escola falou mais alto. Mesmo sem suas saias e depois de muito choro, as baianas começaram a mostrar sambar no pé e cantar o samba. Uma aula de superação.

O enredo "Lugar de mulher é onde ela quiser!", do estreante Junior Pernambucano, abordou a representatividade da mulher na sociedade. A história foi contada através da voz de uma das grandes mulheres da história imperiana, tia Maria do Jongo.

O Império Serrano ainda exaltou a força feminina na sociedade e homenageou personalidades como a cantora Dona Ivone Lara e a ex-presidente Neide Coimbra. Quitéria Chagas, rainha de bateria, brilhou na Avenida, esbanjando simpatia e muita coreografia. Aos 39 anos, ela se despediu dos desfiles na Sapucaí.


Imagem: Jorge Hely


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