A concentração do Império Serrano não poderia ter sido pior. As saias das baianas não foram entregues a tempo e acabou causando um clima de consternação. A fantasia lembrava o enredo da Serrinha de 83. Na época, o Império defendia seu último título, que foi em 1982. Além do problema com as saias, o carro abre-alas teve dificuldade de acoplar. Com o cronômetro disparado, a situação ficou tensa. Durante o desfile, as alas com problemas e integrantes sem chapéu eram facilmente perceptíveis.
Com poucos minutos de desfile, o abre-alas desacoplou e a escola foi obrigada a desfilar com quatro carros, o que pode acarretar perda de décimos. Entretanto, o amor pela escola falou mais alto. Mesmo sem suas saias e depois de muito choro, as baianas começaram a mostrar sambar no pé e cantar o samba. Uma aula de superação.
O enredo "Lugar de mulher é onde ela quiser!", do estreante Junior Pernambucano, abordou a representatividade da mulher na sociedade. A história foi contada através da voz de uma das grandes mulheres da história imperiana, tia Maria do Jongo.
O Império Serrano ainda exaltou a força feminina na sociedade e homenageou personalidades como a cantora Dona Ivone Lara e a ex-presidente Neide Coimbra. Quitéria Chagas, rainha de bateria, brilhou na Avenida, esbanjando simpatia e muita coreografia. Aos 39 anos, ela se despediu dos desfiles na Sapucaí.