A Unidos de Padre Miguel apresentou um enredo totalmente afro: “Ginga”, de Fábio Ricardo, e se credenciou a disputar o título de campeã do grupo com a Imperatriz Leopoldinense. A escola contou a história da capoeira, desde a sua origem, no sul de Angola, até a chegada no Brasil, através de pessoas escravizadas trazidas em navios negreiros. A surpresa ficou por conta dos movimentos de dança e improvisos que permitem expressar o sentimento do capoeirista.
Além do conjunto alegórico e das fantasias, foram destaques a comissão de frente e a caracterização dos componentes.
A ‘Ginga’ contou a história da Capoeira, conduzindo o enredo, começando com N'Golo, sua proibição e o reconhecimento como patrimônio imaterial da humanidade.
O abre-alas teve problemas para entrar na Avenida. Houve muita correria para colocar os destaques no lugar. Parte do carro ficou na concentração.
A comissão de frente, do coreógrafo David Lima, formou uma espécie de Baobá, movimentando-se como zebras e se deslocando em grupos.
O segundo carro teve dificuldade de locomoção, abrindo um buraco no módulo 1.
O Tripé Ginga representou o culto aos bois, fazendo uma reverência à própria escola que é conhecida com "Boi Vermelho". Neste primeiro setor, o destaque foi a ala com diversos vendedores de galinhas, bananas, cebolas, doces e quituteiras.
Outro carro que chamou a atenção foi o que representou a chegada do negros escravos no Brasil. A parte da frente mostrou o cais do Valongo, símbolo do Império, representado como uma grande prisão de escravos.
A rainha de bateria Karina Costa foi outro destaque da escola com a fantasia "Angoleira". O público aplaudiu muito as baianas da Vila Vintém, que desfilaram com a fantasia "Nossa Senhora da Boa Morte".
O carro "Quilombo UPM" fechou o desfile, demonstrando a força de resistência do povo da Vila Vintém.