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Globoplay vai produzir série sobre Marielle Franco

O anúncio foi feito pela roteirista Antonia Pellegrino, por meio do seu Instagram

Por Jonas Feliciano em 06/03/2020 às 21:06:42

Imagem: Reprodução do Instagram

No fim da tarde desta sexta-feira (6), a roteirista Antonia Pellegrino anunciou que vai escrever a história da vereadora Marielle Franco, assassinada em março do ano passado, juntamente, com o motorista Anderson Ramos. Segundo Antônia, que também é a atual companheira do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), a série será produzida pela Globoplay e dirigida por José Padilha, o conhecido diretor brasileiro que é responsável pelos filmes Tropa de Elite 1 e 2.

Antonia fez o anúncio por meio da sua conta oficial no Instagram. No post, ela disse que contar a história de Marielle não foi uma escolha sua, mas sim do destino que acabou entrelaçando a vida das duas. Elas eram grandes amigas.

"Eu nunca escolhi contar esta história. Esta história me escolheu, em 14 de março de 2018. Cinco anos antes, conheci Marielle na casa de amigos em comum. Acabamos nos aproximamos em 2015, quando a primavera das mulheres ganhou as ruas do Brasil, e nós estávamos lá, lutando. Em 2016, quando soube que ela seria candidata à vereadora, meu peito se encheu de esperança. Marielle era a encarnação do meu sonho – e do sonho de tantas e tantos – de uma democracia pro século XXI, uma democracia verdadeiramente inclusiva e igualitária, onde gênero, raça e classe não sejam marcadores de desigualdade, mas de diferença", escreveu.

Imagem: Reprodução do Instagram

Na mesma publicação, a roteirista contou que foi a vereadora que deu uma força para o seu relacionamento com Freixo deslanchar.

"Fiz sua campanha, organizei um comício doméstico pra ela na minha casa. E foi Marielle quem, num café com o Marcelo, hoje meu companheiro, disse a ele: “Você devia namorar alguém tipo Antonia Pellegrino”. Marielle foi minha madrinha. Ver Marielle morta, baleada dentro de um carro e depois carregar seu caixão são um rasgo profundo na minha vida, um verdadeiro divisor das águas.

Foram dois anos acalentando, gestando, construindo este projeto, de enorme responsabilidade, sempre com a benção e a parceria da família.

O assassinato de Marielle não é o único no Rio de Janeiro (cidade marcada pelo crime), mas é o único capaz de fazer o esgoto da cidade vir à tona. A Jurema Werneck, diretora da Anistia Internacional, diz que Marielle foi além em tudo o que fez – até na hora de morrer. Ela se tornou gigante. Para filmar a vida e morte de Marielle Franco, era preciso alguém que, há um tempo, conhecesse o submundo do Rio, e fosse experiente e capaz de levar esta história ainda mais longe: José Padilha, um dos maiores diretores brasileiros de todos os tempos"
, afirmou.

Ainda de acordo com a postagem, apesar de discordar de alguns posicionamentos do diretor José Padilha, os dois estão animados com a ideia de trabalhar na diferença.

"Eu e o Zé, a gente discorda em muitas coisa, mas a gente concorda que, trabalhar na diferença, além de saudável, é necessário e estimulante. O encontro da nossa produtora, Antifa Filmes, com os estúdios Globo e a Globoplay coroa este percurso", concluiu.

Vale ressaltar que, no próximo dia 12 de março, a emissora vai exibir um documentário, com seis episódios. A pré-estreia acontecerá no canal aberto. Já a série, ainda está na fase de pré-produção e sem previsão para ir ao ar. O elenco também não foi confirmado.

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