As mais de duas mil pessoas que foram na noite de ontem (28) no Circo Voador, na Lapa, acompanhar o show do Matanza em seu festival (o Matanza Fest) achavam que iriam ver o último show da banda em terras cariocas, berço da banda de countrycore. Mas antes do show terminar, o vocalista Jimmy London fez uma convocação antes de iniciar "A Arte do Insulto".
"O que vocês tem para fazer dia 27 de outubro? Se estiverem vivos até lá, convoco para o último show do Matanza, aqui no Circo Voador", disse o barbudo líder da banda que irá encerrar as atividades justamente após esse show, devido racha entre os demais integrantes com o vocalista.
Antes da convocação, o público entoava cada música, que sempre tem a temática "bar, mulheres, bebidas e confusão em ambiente country". Rodas de pogo abertas, público em transe e 31 canções em uma hora e meia show.
Matanza entrou no palco uma da manhã em ponto. Vinte minutos antes, o vocalista deu entrevista para o portal Eu, Rio! (que irá ao ar ao longo desta semana). O abatimento pelo fim da banda que "fizeram para se divertir e tocar o que gostavam" (segundo Jimmy) era notório. Mas era também o combustível para soltar a voz de trovão para seu fiel público. E comandou com maestria.
O show começou com "O Chamado do Bar", transformando o Circo num gigantesco saloon. Um festival de hits foram despejados, como "Santa Madre Cassino", "Ela Roubou meu Caminhão", "Pé na Porta e Soco na Cara", etc, foram alimentando a fome de decibéis do público. O ápice foi a execução de "Tempo Ruim" começou a tocar. A música hoje é um hino de despedida do Matanza e era visível ver fãs chorando ao ouvir a música.
Mas o público pode esperar a saideira, que está marcada. E restará aos fãs, diabas e bebuns, boas memórias.
Abertura - Antes do Matanza, Justabeli, Carro Bomba e Olho Seco abriram o festival, sem comprometer e fazendo o esquenta para "a bebida principal do grande saloon"