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Presidente do Senado confirma coronavírus e fica em isolamento domiciliar

Davi Alcolumbre (DEM-AC) é segundo senador com a Covid-19; o primeiro, Nelson Trad, que diz 'abraçar todo mundo' foi com Bolsonaro ver Trump

Por Portal Eu, Rio! em 18/03/2020 às 18:45:17

Senador Davi Alcolumbre refez o exame na noite de terça (17) e, na quarta (18), atestou positivo para Covid-19 Foto Agência Senado Waldemir Barreto

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, testou positivo para covid-19. O presidente está sem sintomas severos e segue em isolamento domiciliar. A assessoria não informou as circunstâncias em que ocorreu a contaminação. Pelo twitter, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, se manifestou sobre o resultado do exame que deu positivo para a covid-19, doença causada pelo coronavírus, e informou estar se sentindo bem.

Alcolumbre é o segundo da casa legislativa a testar positivo para a presença do coronavírus. O primeiro foi o senador pelo Mato Grosso Nelson Trad, que acompanhou a comitiva do presidente Jair Bolsonaro na visita a Donald Trump. Até a terça-feira à noite, 17 integrantes da comitiva haviam confirmado a infecção, entre eles o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o primeiro a anunciar a doença, na sexta-feira (13/3) o secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten.

Segue a íntegra da nota divulgada pela assessoria de Alcolumbre na quarta-feira (18/3):

Nota à imprensa

Depois de o primeiro exame dar negativo, o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, refez o exame na noite de terça (17/3) e, na quarta-feira (18/3), atestou positivo para Covid-19.

Davi Alcolumbre, no entanto, está bem, sem sintomas severos, salvo alguma indisposição, e segue em isolamento domiciliar, conforme determina o protocolo de conduta do Ministério da Saúde e a OMS.

Na véspera de confirmar a infecção, Alcolumbre participara de um encontro com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. A pauta foi a necessidade de um acordo entre os poderes para a adoção de um Plano de Contingência e de medidas de emergência. Chamou atenção no encontro a ausência de um representante do Executivo. O presidente Jair Bolsonaro, a essa altura, seguia declarando de público que a 'histeria' em torno da expansão do vírus não se justificava.

Nelson Trad, de 58 anos, é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Casa e acompanhou o presidente Jair Bolsonaro na viagem oficial aos Estados Unidos na última semana. Durante o voo que transportou a comitiva, Trad estava em uma poltrona próxima à do secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, o primeiro a ser diagnosticado com o vírus. De bom trânsito na bancada governista e razoável passagem na Oposição, Trad conta em entrevistas ter orgulho de 'abraçar todo mundo'.

Outro senador, Jorginho Mello (PL-SC), que também compôs a comitiva, teve que fazer o teste. Mais cedo, ele divulgou, pelo Twitter, que o resultado havia sido negativo.

Leia a nota de Trad, na íntegra:

"Estive, como todos sabem, a trabalho, representando o Senado Federal na viagem com o presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos. No retorno ao Brasil, fomos todos na comitiva que viajou com o presidente surpreendidos, quando um dos integrantes do voo de regresso foi positivado para o Covid-19. Segui fiel e estritamente os protocolos de quem se enquadra em comunicante de caso. Fiz o exame, que resultou positivo. Serenamente, com fé em Deus, e atendendo todas as orientações dos profissionais de saúde envolvidos nesse enfrentamento, estou em casa com a minha família, guardando o período de isolamento. Não há de se agravar. Com fé em Deus, sempre aprendi que problemas existem para serem solucionados".

Contágio do presidente do Senado coincide com anúncio de medidas de prevenção, como votação remota

Em coletiva de imprensa, a diretora-geral do Senado Federal, Ilana Trombka, falou sobre a nova modalidade de participação virtual em sessões de Plenário e reuniões de comissões da Casa, criada para situações de emergência sanitária, como é o caso da pandemia do coronavírus, em que há recomendação para que a população fique em regime de isolamento para evitar o contágio. Ela também explicou na Rádio Senado as outras medidas que a Casa tomou para evitar a propagação do vírus, como o controle mais rígido de acessos e o fechamento do plenário enquanto as sessões estiverem sendo feitas à distância.

A Secretaria-Geral da Mesa (SGM) do Senado proibiu, da quarta-feira (18) em diante, a apresentação presencial de proposições legislativas pelos parlamentares. A entrega desses documentos deverá ser feita apenas por e-mail. A regra faz parte das medidas de prevenção do Senado contra a disseminação do coronavírus.

Proposições legislativas são todos os textos submetidos à deliberação dos senadores: projetos de lei, propostas de emenda constitucional, projetos de resolução e projetos de decreto legislativo, além de requerimentos e de emendas a outras proposições. A regra emitida pela SGM afeta também representações e denúncias perante o Conselho de Ética e a Corregedoria Parlamentar.

Os gabinetes receberam orientações para encaminharem as proposições por e-mail aos órgãos competentes — secretarias legislativas do Senado ou do Congresso (no caso de projetos de lei referentes ao Orçamento), comissões permanentes e coordenações de apoio às atividades parlamentares. As denúncias e representações devem ser encaminhadas especificamente à Secretaria de Apoio a Órgãos do Parlamento (Saop).

O e-mail deverá conter uma breve descrição da proposição e também o número de cadastro do documento no Sistema de Envio de Documentos Legislativos (Sedol), ferramenta que já é usada rotineiramente pelos senadores.

No caso de proposições assinadas por mais de um senador (propostas de emenda à Constituição, por exemplo, precisam de pelo menos 27 assinaturas), todos os signatários precisam produzir o e-mail.

Após o envio, o gabinete receberá até o dia útil seguinte uma confirmação de recebimento da proposição, também por e-mail.

A Secretaria-Geral da Mesa também orientou os seus diretores a reduzirem as suas equipes a um número mínimo de servidores indispensáveis para o cumprimento das atividades. As regras entram em vigor imediatamente e valerão até a suspensão do conjunto de medidas contra o coronavírus.

Fonte: Com Agência Senado e Agência Brasil

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