A reunião entre governadores do sudeste com o presidente da República, Jair Bolsonaro, por videoconferência, terminou em bate-boca na manhã desta quarta-feira (25). O Governador de São Paulo, João Dória (PSDB) lamentou o discurso protagonizado por Jair ontem (24). Ele disse ao presidente que ele precisa “dar exemplo” além de exercer “o mandato para comandar, dirigir, liderar o país, não para dividir”. O encontro aconteceu um dia após o pronunciamento do presidente em cadeia de rádio e televisão. No discurso, Bolsonaro pediu que as medidas de restrições adotadas para conter a proliferação do coronavírus em alguns estados e municípios fossem “afrouxadas”.
“Sem diálogo não venceremos a pior crise de saúde pública da história de nosso País. Bolsonaro, inicio na condição de cidadão, de brasileiro, lamentando seu pronunciamento de ontem à noite à nação. Nós estamos aqui, os quatro governadores do Sudeste, em respeito ao Brasil e aos brasileiros, e em respeito também ao diálogo e ao entendimento. O senhor, como presidente da República, tinha que dar o exemplo. Tem que ser um mandatário para comandar, para dirigir e para liderar o País e não para dividir”, afirmou Dória em sua fala, que durou cinco minutos.
De acordo com o site do jornal O Globo, o Bolsonaro retrucou a fala de Dória e afirmou que o governador paulistano é “leviano e demagogo”. Além disso, Jair pediu que as observações fossem guardadas para as eleições 2022. "Governador João Doria, faça sua parte, o governo federal está pronto para comandar como sempre fez", disse Bolsonaro, segundo o site.
De acordo com o tucano paulista, a medida principal é salvar vidas.“A nossa prioridade é salvar vidas, presidente. Estamos preocupados com as vidas de brasileiros em nossos Estados. Preservando também empregos e o mínimo que a economia possa se manter ativa. Os Estados estão conscientes disso e governadores também”. Em postagem no twitter, o governador de São Paulo ainda reclamou: "Decepcionante a postura do presidente Jair Bolsonaro... para tratar sobre o combate ao coronavirus".