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Eduardo Paes vira réu por suposta fraude em obra olímpica

Denúncia apontou indícios de desvios de R$ 119 milhões e direcionamento de licitação

Por Portal Eu, Rio! em 30/03/2020 às 10:26:55

Eduardo Paes virou réu na Justiça Federal por supostos crimes de corrupção passiva, fraude em licitação e falsidade ideológica. Foto: Agência Brasil

O ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, virou réu na Justiça Federal por supostos crimes de corrupção passiva, fraude em licitação e falsidade ideológica, ao lado de outras 23 pessoas, em uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) sobre a construção do Complexo de Deodoro, um dos palcos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.

A denúncia, aceita pela 3ª Vara Federal Criminal do município, apontou indícios de desvios de R$ 119 milhões e direcionamento de licitação. O político é suspeito de influenciar a escolha para que a empreiteira Queiroz Galvão participasse do processo da construção da área norte do complexo, um terreno que equivale a 230 campos de futebol e que custou R$ 647 milhões.

A investigação também apontou que parte do dinheiro desviado pode ter abastecido contratos fictícios para o descarte de grande quantidade de resíduos da obra que não existiram. Os documentos registraram o descarte de 2 milhões de toneladas de resíduos supostamente inexistentes.

Paes, que se apresenta como pré-candidato à prefeitura nas eleições previstas para este ano, publicou no último sábado um vídeo em que se defendeu das acusações e as atribuiu a interesses eleitorais.

“Os fatos serão esclarecidos no decorrer do processo. Me causa estranheza e indignação que eles surjam às vésperas de campanhas eleitorais. Vou provar que, sem nossas ações no Complexo de Deodoro, não teríamos feito os Jogos com o sucesso que fizemos” afirmou Paes.

A defesa do ex-prefeito considerou a denúncia "frágil e absurda". Já a Queiroz Galvão disse que não se manifesta sobre investigações e processos judiciais em curso.

A denúncia foi baseada em delação premiada do empresário Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, que contou ter sido chamado por Paes a uma reunião na qual o então prefeito solicitou que a empreiteira formasse um consórcio com a Queiroz Galvão para vencer a licitação.

A obra da área norte do Complexo de Deodoro não era responsabilidade da prefeitura, mas do governo federal, mas uma série de problemas no projeto olímpico levou a uma troca de responsabilidades. O governo do estado também não assumiu a missão, que coube ao município.


Fonte: Agência Brasil

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