A tecnologia mais uma vez uniu pessoas e, desta vez, profissionais do setor de entretenimento estiveram reunidos anteontem (31) para falar sobre o momento deliciado que se encontra este mercado. Com abertura do ator André Marques e mediação de Ricardo Ferreira, estiveram reunidos Eduardo Corrêa, CCM Group –PCO; Igor Tobias, Corporate Director; Pedro Guimarães, Apresenta RIO; Ricardo Ferreira, MPI Brazil; Roberta Nonis, CEO Evento Único; Roberto Barreiro, CEO Hoffmann e Rogério Miranda, CEO Inteegra Tec. Todos experts no assunto "eventos".
Roberta Nonis brincou falando: "neste momento de reclusão social é onde mais estamos conectados". Ela compartilhou uma reunião que participou em que muitas empresas demostraram preocupação em massa com os orçamentos, já que haviam usado a receita nos eventos agendados. Os eventos adiados entre março e abril geraram nova preocupação, pois podem acumular nos próximos meses. O desafio, segundo Nonis, é "trazer soluções como estas de eventos híbridos, mas é preciso se adaptar aos novos formatos virtuais. Mesmo com muitas dúvidas sobre essas novas alternativas tecnológicas, as pessoas querem colocar os eventos possíveis em pratica. E os eventos virtuais ampliam a capacidade de alcançar pessoas, mas, muitos ainda acreditam que isso jamais substituirá o mundo real", explicou.
Para Rodrigo Cezar, da empresa Roche Alajeve, que semanalmente tem preparado pesquisas, houve um crescimento da adesão à tecnologia. "Estamos aprendendo a ter um fluxo de contingência mais desenhado dentro das nossas empresas. É preciso ser mais aberto, falar mais, saber negociar, pois vivemos um momento de incertezas, por isso precisamos estar preparados".
Rodrigo acredita que as pessoas precisam "desapaixonar", desaprender formatos antigos para aprender novos formatos. "Vamos ter um 2020 pensando em caminhos diversos de se resolver um problema ou se conquistar alguma coisa. Os profissionais de eventos terão de fazer conteúdos adaptados para o virtual. Acho que vamos conseguir atingir de forma mais ágil em função deste momento catastrófico que estamos vivendo. São possibilidades que se abrem neste momento", vislumbrou.
Unanimemente, os participantes disseram ter criatividade para repensar soluções e formas de se adaptar aos diversos momentos. Segundo eles, "o evento virtual se fortalecerá ainda mais neste momento e novas tecnologias trarão aprendizado e evolução".
Sobre a reorganização deste setor, Alexis Pagliarine, da empresa Ampro, acredita que as empresas precisam ter "oxigênio", em termos financeiros. De acordo COM o especialista, o governo precisa sinalizar linhas de crédito e dar garantias para os contratantes e empresas. "Precisamos nos sensibilizar com práticas emergenciais. Se os eventos foram adiados, devemos criar pagamentos prévios; se os eventos foram cancelados, que sejam criados pagamentos para até aquele momento. São soluções usuais para sobrevivermos", comentou o empresário.
Os dois organizadores do evento híbrido e on-line (HI Connecta), Hoffmann e Inteegra Tec, forneceram as ferramentas tecnológicas que não só tornaram o painel de debates mais eficiente e completo, mesmo à distância, como trouxeram reflexões para o futuro. "Nosso desafio é mostrar a capacidade de promover eventos híbridos de forma altamente bem-sucedida e compliance com as recomendações dos profissionais da saúde", resumiu Rogério Miranda.
"O risco sanitário apresentado pelo novo coronavírus obrigou o cancelamento dos eventos, dos pequenos aos grandes, particulares e corporativos. O Brasil está alerta, mas não parou", completou Roberto Barreiro, CEO da Hoffmann.