Apesar da Medida Provisória do Ministério da Educação liberar a formatura de alunos dos cursos de Saúde de universidades federais para atuarem no combate ao novo coronavírus, alunos da Unigranrio dizem que a instituição se recusa a antecipar a colação de grau de 160 formandos.
O Ministério da Educação, através da Portaria 374/2020, autorizou a formatura de alunos dos cursos de medicina, enfermagem, farmácia e fisioterapia, exclusivamente para atuação desses profissionais nas ações de combate à pandemia do novo coronavírus.
A portaria determina o cumprimento de 25% da carga horária que restaria aos formandos devem ser cumpridas no combate a pandemia.
Para isso, a colação de grau antecipada, com liberação de 25% da carga horária dos novos médicos, só será possível a alunos que trabalharem exclusivamente no enfrentamento ao COVID 19.
Para colar grau, o aluno terá que continuar quitando mensalidades que, em alguns casos, chegam a 6 mil reais. Também deverá apresentar na faculdade um certificado de que trabalhou na pandemia em um período de tempo correspondente ao que estava pendente para integralizar sua carga horária.
A colação de grau é condição necessária para que o médico consiga o registro CRM para trabalhar. Os alunos da Unigranrio alegam que o documento a ser emitido pela entidade não é suficiente para a obtenção do registro definitivo.
Além disso, apenas alguns selecionados serão aproveitados nas frentes contra o novo coronavírus.
Outras universidades ameaçam adotar o mesmo procedimento da Unigranrio. Mas os alunos pedem o cumprimento da MP, com a antecipação da colação de grau.
Uma audiência pública na Alerj debate hoje o projeto de lei 2025/2020 que visa reduzir os valores das mensalidades e conta com a participação dos estudantes.