No ano em que o Rio de Janeiro é eleito a primeira capital mundial da Arquitetura, a Cidade Maravilhosa tem o seu brilho ofuscado pelo novo coronavírus e vê ameaçada a realização de eventos como o 27º Congresso Mundial de Arquitetos. Adiamentos como esse contribuem para a crise no setor hoteleiro, com fechamentos de hotéis como o Copacabana Palace, entre outros.
Dados do Hotéis Rio revelam a forte queda de atividade provocada pela pandemia da covid-19. Em março, a ocupação da rede hoteleira estava em torno de 70%. O novo coronavírus provocou forte redução na procura por hospedarias. Hoje, a hotelaria conta com menos de 5% dos quartos ocupados.
Além do Copacabana Palace, outros estabelecimentos hoteleiros fecharam as portas. Ainda segundo dados do Hotéis Rio, o número de hotéis que suspenderam temporariamente suas operações já chega a 60. Com isso, a oferta de quartos caiu de 54 mil para cerca de 20 mil.
O resultado é o desemprego no setor. A pandemia ameaça aproximadamente 5 mil empregos na capital fluminense. A crise é tamanha que a estimativa é de demissão de 20% dos funcionários em um setor que apresentava crescimento no início do ano.
O Congresso de Arquitetos foi adiado de julho deste ano para 2021. A expectativa é a de atrair 20 mil profissionais que discutirão entre outros assuntos as necessidades urbanísticas e arquitetônicas surgidas com as epidemias. Até lá, a expectativa é a de que hotéis como o Copacabana Palace retome o funcionamento, bem como todo o setor hoteleiro do Rio de Janeiro.