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Justiça mantém pensão a famílias de vítimas do incêndio no Ninho do Urubu

Decisão obtida pela Defensoria Pública e pelo MPRJ obriga o Clube de Regatas do Flamengo a seguir pagando R$ 10 mil por mês a parentes de dez mortos e três feridos

Por Portal Eu, Rio! em 15/04/2020 às 16:15:36

Reafirmação da liminar determinando o pagamento de uma pensão mensal de R$ 10 mil para pais ou responsáveis das dez vítimas fatais e dos três feridos é essencial para manutenção financeira das familia

A Justiça manteve liminar obtida pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) e pelo Ministério Público estadual (MPRJ) para que o Clube de Regatas do Flamengo continue pagando pensão provisória mensal, de R$ 10 mil, aos familiares das vítimas do incêndio no Ninho do Urubu e aos sobreviventes. Em decisão obtida pelas instituições nesse sentido, fica o clube obrigado a efetuar os repasses a três atletas feridos na tragédia e à pessoa responsável pelo núcleo familiar de cada uma das 10 vítimas fatais.

O valor fixado na decisão visa a recomposição financeira das famílias. O incêndio no Centro de Treinamento do Ninho do Urubu aconteceu no dia 8 de fevereiro de 2019, matando 10 atletas de base. Eles tinham idades entre 14 e 16 anos.

Proferida na sexta-feira santa (10/4) em ação Civil Pública (ACP) das instituições, a decisão da 1ª Vara Cível da Barra da Tijuca também determina a realização de audiência de conciliação entre as partes conforme requerido pela Defensoria e pelo MPRJ. Como as audiências presenciais estão suspensas no Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) em razão da pandemia, o procedimento será marcado com a normalização da situação para que estejam presentes todos os interessados no feito. Entre eles, a juíza Bianca Ferreira Negri cita o próprio presidente do Flamengo, "detentor de poder de decisão no termos do estatuto."

— Essa decisão é extremamente importante para a manutenção financeira das famílias, ainda que de forma provisória, assim como para que, logo que encerrado o período de isolamento social, se possa retomar a negociação entre o clube e as vítimas — destaca a coordenadora Cível da DPRJ, Cíntia Guedes.

Fonte: Site da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro

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