Luiz Eduardo Baptista, vice-presidente de relações externas do Flamengo, concedeu neste sábado (18) uma entrevista à FlaTV falando sobre o pedido de empréstimo no valor de R$50 milhões feito pelo clube. A informação tinha sido revelada pelo jornalista Paulo Vinicios Coelho, no Blog do PVC.
"Saiu na mídia que o Flamengo tomou uma linha de crédito, como se o Flamengo tivesse em algum problema financeiro. Mas a gente não sabe o que vem pela frente. Temos que proteger o caixa para seguir cumprindo com os nossos compromissos. Foi por isso que tomamos essa decisão antes de outros clubes. Não tomamos dinheiro porque estamos quebrados, e sim para ter um extra, um balão de oxigênio, para não tropeçar", garantiu o dirigente.
Bap também usou a live na mídia oficial rubro-negra para desmentir que Flamengo esteja forçando o fim da pausa no futebol de firma irresponsável, como sugeriu as declarações do ex-presidente e dirigente do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro. O alvinegro criticou a postura do Flamengo nos bastidores, dizendo que o clube rival poderia atingir uma tragédia maior que o incêndio no Ninho do Urubu.
"O Flamengo tem trabalhado dia sim e outro também com a possibilidade da volta. Porque a volta requer muito planejamento. Não é só o prefeito ou o governador decretar que os clubes voltam a jogar. Precisamos de um plano prévio, até para não colocar os atletas em risco. É um problema complexo que tem que ser discutido enquanto estamos parados. Porque senão, quando acabar o confinamento, vamos demorar mais 30 dias para voltar", afirmou.
Alguma respostas do VP de Relações Externas a jornalista Luana Trindade na FlaTV
Dedicação ao Flamengo
Fui muito abençoado na minha vida profissional. Tudo que pude conquistar me permite hoje me dedicar ao Flamengo. Tudo que podia esperar da minha vida profissional eu conquistei. Também tenho uma família linda, muitos amigos, saúde. Então, costumava brincar que a única coisa que não dava certo na minha vida era o Flamengo. Ficava enfurecido e enlouquecido com as derrotas. Tinha um traço pessoal meu, de não aceitar de forma passiva perder. É uma característica pessoal. Por outro lado, tinha a insatisfação de ver que o mundo havia mudado muito e o Flamengo estava ficando para trás.
Contribuição ao time de coração
Resolvi me engajar em determinado momento da minha vida. Tinha um slogan: "vamos descer da arquibancada e dar em campo". Eu resolvi dar minha contribuição. Tenho um número de amigos rubro-negros e conhecidos, do mundo profissional com posições de destaque, e comecei a tentar trazê-los ao Flamengo. Vários viraram sócios, outros apoiaram da maneira que puderam. Vivemos em uma época que troca-se até de sexo e não se diz nada, mas se trocar de time é um canalha. Todos iam ser sempre Flamengo e eu perguntava o que poderíamos fazer por esse time, pelos 40 milhões que talvez não tenham as condições que temos de contribuir o clube de coração.
Trabalho pela grandeza do clube
Participei como coadjuvante na eleição de 2009, aprendi muito, montamos um grupo importante em 2012. Fiz amigos. Criamos um slogan muito básico: "Tudo pelo Flamengo. Nada do Flamengo". Isso explica 100% das minhas atitudes em relação ao Flamengo. Não preciso de absolutamente nada do Flamengo, mas o que puder fazer pela grandeza do Flamengo e pela alegria dos mais de 40 milhões de torcedores do Flamengo, estarei no campo de batalha para fazer. Tenho muito orgulho de ter ao meu lado rubro-negros, loucos varridos como eu, que acreditaram na causa e ajudaram ao Flamengo ter um ano como 2019. Não foi o ano perfeito pois falta ganhar tudo. É para isso que trabalhamos todo dia no Flamengo.