Como serão as viagens de negócios pós-pandemia? Ninguém sabe, mas alguns sinais mostram que este mercado, principalmente o de viagens executivas internacionais, deve ser afetado nos próximos anos.
De acordo com Marcelo Reis, especialista em gestão empresarial e consultor de empresas, alguns fatores contribuem para isso, como o medo de se viajar ainda com o vírus circulando, o fato de estar fora do país de origem e, no caso de uma nova onda de isolamento social, não conseguir voltar países de origem. "Além disso, há o mito das reuniões à distância caindo e o caixa restrito das empresas, que questionarão a necessidade de se viajar, bem como as pessoas se perguntando se é a melhor forma da utilização do tempo", afirma.
Segundo Reis, no curto prazo haverá uma procura mais acentuada pela regionalização e viagens curtas, com modais diferentes como o terrestre, onde se tem menor aglomeração. "Fato é que a pandemia deixará um trauma em todos nós sobre as viagens, pois foi através de voos internacionais e de fronteiras aeroportuárias que o coronavírus entrou em todos os países do mundo, tanto que as empresas aéreas foram as primeiras a sentir o impacto do Covid-19. Muitas estão com suas aeronaves em solo, ou com poucas unidades em voo, e estas, em sua maioria, operando de maneira regional. O percentual de viagens caiu drasticamente", revela.
O mundo será diferente pós-pandemia e as empresas aéreas precisarão se reinventar e trabalhar com cenários e um público-alvo diferentes. "Uma composição de menos negócios e mais turismo. Além de tudo, deve-se pensar em como garantir higienização das aeronaves para que possam dar conforto novamente a seus passageiros", conclui o especialista.