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Flamengo deve demitir 62 funcionários até domingo

Medida faz parte de plano de austeridade econômica devido à pandemia

Por Portal Eu, Rio! em 01/05/2020 às 12:17:54

Rodolfo Landim. Foto: Reprodução Rede Social

O Flamengo anunciou ontem (30), medidas drásticas para se adequar ao momento de parada do futebol por causa da pandemia de coronavírus. O atual campeão brasileiro, da Libertadores e da Recopa Sul-Americana admitiu se ver obrigado a demitir 12 funcionários das categorias de base para reduzir o volume de despesas. Até o fim de semana, a expectativa é de que outros 50 deverão perder o emprego, totalizando 62 trabalhadores.

Outras medidas estão previstas para a próxima semana, como cortes de parte dos salários e liberação de boa parte dos funcionários até que as atividades voltem à normalidade. A direção do Flamengo divulgou ainda que o total de demissões não chegará a 10% do quadro total do clube, estimado em mil funcionários. A folha de pagamento, sem o futebol profissional, gira em torno de R$ 3 milhões.

"O clube entende que é necessário se antecipar aos problemas previstos para as finanças por conta da crise gerada pela paralisação das atividades por conta da Covid-19", disse o presidente Rodolfo Landim. Quanto aos gastos com o elenco profissional, que estimam-se em R$ 15 milhões por mês, não houve, ainda, alguma redução. Mas especula-se que os atletas também terão perdas salariais.

Apoio com ressalvas

Em Nota Pública, o Movimento Tradição & Juventude do Flamengo, que tem como Coordenador Geral Leonardo Ribeiro, declarou apoio, com ressalvas, às medidas da diretoria, "no sentido de defender a administração econômica da instituição. De acordo com Leonardo, o esperado é que tudo seja feito com critério, para não atingir quem não mereça ou alguém que seja de suma importância para o Flamengo. "É fundamental um levantamento minucioso, haja vista que sabemos da existência de funcionários que lá estão, tão somente por interesse político-eleitoreiro, na maioria são 'funcionários' que nada fazem ou não sabem o que fazer, por falta de capacidade profissional", disse.

Segundo Leonardo, o Flamengo não deve fazer o que fez dias antes da propagação do vírus no Rio de Janeiro. "Enviaram uma comissão de jogadores, com suas esposas, para fazerem 'oba oba' em Brasília junto com o vice-presidente de embaixadas e consulados, onde foram divulgados fotos e mais fotos não só nos jornais, como também nas redes sociais, onde apareciam fazendo selfies com políticos, com farta distribuição de camisas oficiais do Flamengo", denunciou.


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