Habitantes de diversas cidades do Brasil pensaram ter visto Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) no último domingo (10). Porém, os objetos avistados eram a rede de satélites Starlink, projeto de telecomunicações do bilionário Elon Musk para aumentar a acessibilidade à internet.
O fenômeno, que começou por volta das 18h30, durou cerca de 20 minutos. Foi possível observar dezenas de satélites enfileirados em duas linhas paralelas, todos com destino à órbita onde outras centenas deles já estão posicionados. Por frota, a SpaceX, companhia responsável pelo projeto, envia 60 equipamentos.
Usuários do Twitter, em sua maioria de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Santa Catarina, publicaram vídeos da passagem dos satélites. Enquanto alguns alegavam uma visita extraterrestre, outros sabiam do que se tratava, tanto é que "Starlink" chegou aos assuntos mais comentados da plataforma.
Passagem novamente hoje (11)
Se você não viu a frota sempre há uma nova chance: os satélites estão passando duas vezes por dia sobre o Brasil. Hoje (11), por exemplo, será possível observá-los entre 19h e 19h30 - se as condições estiverem favoráveis.
Para não perder nenhuma passagem, o aplicativo Find Starlink, disponível para Android e iOS, permite que os usuários acompanhem a trajetória dos satélites. Basta inserir sua localização para saber quando outra fileira brilhante estará visível no céu. O recurso também existe em uma versão para web.
A expectativa é que 4.408 satélites Starlink se posicionem até o fim deste ano para que o sistema global de internet mais barata e eficiente já esteja disponível. No total, o projeto prevê uma constelação de, ao menos, 12 mil equipamentos - número que pode chegar a 42 mil no futuro.
Sétima frota
A frota vista no último domingo é a sétima enviada até agora, lançada pela Space no dia 22 de abril. A observação só foi possível porque, até a quarta semana seguinte ao lançamento, os satélites ficam em uma órbita relativamente baixa (290 km de altitude) até atingirem a altitude operacional (550 km).
Nem sempre a observação é fácil, mas a diminuição da poluição por conta da pandemia do coronavírus tornou o cenário favorável para esse tipo de fenômeno, desde que esteja de noite. Afinal, os equipamentos são pequenos (cada um pesa 230 kg) e não possuem luz própria, o que faz com que o Sol os ofusque de manhã. Pela noite, o Sol reflete na estrutura metálica dos satélites e os ilumina no céu escuro.
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