O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, decidiu em favor da divulgação do vídeo da polêmica reunião ministerial do gabinete do presidente Jair Bolsonaro de 22 de abril.
Segundo informações do jornalista Fernando Molica, da rede CNN Brasil, o magistrado vai retirar os trechos da reunião em que os ministros falam sobre o Paraguai e a China para não afetar a relação com os países, mas o restante da gravação será divulgada por completo.
A decisão não atende aos apelos da Advocacia-Geral da União, que queria que a divulgação fosse restrita aos trechos em que o presidente trata sobre a "segurança" dele.
O vídeo deve ser divulgado em instantes. Segundo a CNN, o conteúdo já está sendo agregado ao site do Supremo Tribunal Federal.
Segundo informações difundidas pela imprensa, na conversa, o ex-capitão e ministros ofendem governadores, o Supremo Tribunal Federal, países parceiros comerciais e defendem manifestações armadas.
Segundo o jornalista Igor Gadêlha, da Revista Crusoé, um bolsonarista com acesso ao Palácio do Planalto teria afirmado que "se publicarem esse vídeo na íntegra, Weintraub vai preso por ordem do Supremo e Ernesto cai".
Na reunião, o ministro da Educação, Abrahan Weintraub, teria defendido a prisão de ministros Supremo Tribunal Federal (STF), e o chanceler Ernesto Araújo teria criticado duramente a China, um dos principais parceiros comerciais do Brasil.