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runo Nazário, meio-campista do Botafogo, participou de uma entrevista coletiva respondendo a perguntas de jornalista de forma virtual, pela mídia oficial do clube. Ele foi surpreendido com a pergunta final de um companheiro de equipe.
"Aí, Naza! Aqui quem tá falando é o seu parceiro Pedro Raul. Quero saber quantas assistências vou receber este ano? Fala aí! Tamo junto", indagou o camisa 9 alvinegro, em tom de cobrança, mas na brincadeira.
A resposta foi imediata e o camisa 10 mostrou confiança.
"Até você aqui? Esse moleque joga muito! Não vou prometer, mas umas seis, sete, pode colocar na conta aí, Pedro Raul. Quero uma assistência também! O Pedro Raul é um grande amigo, concentro sempre com ele, saudades da resenha, de ele ficar bravo, reclamando que estou jogando muito Free Fire. Mas é um grande amigo, uma grande pessoa, um baita jogador que vai nos ajudar muito", afirmou.
Nazário espera repetir em campo o mesmo entrosamento que tem o atacante fora dele. Mas a verdade é que, antes da paralisação por conta da pandemia do novo coronavírus, o meia não chegou a participar de nenhum dos três gols marcados por Pedro Raul na temporada 2020.
Bruno Nazário, que foi bem recebido pela torcida do Glorioso e teve um bom início no novo clube, falou de vários assuntos importantes para o retorno do futebol: posicionamento tático, tempo inativo e condicionamento físico, além da expectativa em relação ao japonês Keisuke Honda e o que tem feito no isolamento.
Veja a entrevista de Bruno Nazário na íntegra:
Posicionamento tático
Sempre atuei nas duas posições, tanto no Athletico como no Guarani, que joguei até como ponta. Na Polônia fazia muito essa troca com o Milan, revezando o posicionamento. Acho que o Honda veio para somar e ninguém é melhor que o Paulo (Autuori) para saber como nos posicionar. Estou à disposição dele.
Tempo de inatividade
Quando tive a lesão em 2018, fiquei cinco meses em recuperação, sem tocar na bola e não é nada fácil.
Condicionamento
Não é fácil essa parada. A gente estava bem de condicionamento. Para manter estamos fazendo treinamento via online com o grupo, cuidando da alimentação e fazendo treino extra também, para voltar ao condicionamento o mais rápido possível.
Retorno a treinos e jogos
Tem pessoas no clube cuidando disso e vamos voltar quando for bom para todos.
Recepção positiva
Fui muito bem recebido no clube, por todos, inclusive pelos torcedores. Isso me deu muita confiança. Consegui dar o meu melhor e espero continuar.
Dificuldades e assédio
É difícil manter a rotina dos treinos estando em casa. Sobre a Malásia, já reparei as mensagens diárias que recebo dos torcedores de lá, mas o meu pensamento está no Botafogo, dar a vida pelo clube e ajudar os companheiros.
Isolamento pela pandemia
Tem sido difícil para todos nós, porque além de tirar nosso trabalho, tem a preocupação com os familiares, amigos e nossa saúde. E conseguir manter a cabeça tranquila com tudo isso.
Grandeza e ídolos
Desde o momento que tive o contato com o clube e a decisão de vir para o Botafogo, eu já sabia da grandeza, da responsabilidade que é vestir a camisa do Glorioso. Estou feliz e temos grandes ídolos que nos dá motivação, como Gerson, Loco Abreu, ídolos eternos.
Exemplo
Somos exemplos para muitas pessoas, por sermos figuras públicas. Então, fazer tudo como manda o Ministério da Saúde: ficar em casa, usar máscara, ter todos os cuidados possíveis.
Preocupação
Fisicamente estou me sentindo muito bem. Treino dois períodos todos os dias. Estou me cuidando ao máximo. Acho que o psicólogo é o mais difícil. Estar longe da família, mudança na rotina, tenho preocupação. Tenho dois filhos pequenos e isso tudo fica na cabeça da gente.
Honda
Qualquer atleta que vem como o Honda, que jogou em vários clubes do mundo e jogou Copa do Mundo, agrega, não sonora mim, mas para os outros jogadores também.
Início no Botafogo
Estou feliz e satisfeito sobre meu início. Acho que consegui fazer um grande trabalho. Fui muito bem acolhido pela torcida. Isso faz a gente ter mais confiança para seguir.
Mais gols no Botafogo
Comecei muito bem no Athletico, mas infelizmente logo tive a lesão no joelho, que me atrapalhou na sequência do trabalho. Foram menos jogos aqui no Botafogo, mas tive uma sequência. Dá mais ritmo e isso nos ajuda muito.