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História do samba

Vila Isabel exibe documentário Kizomba

Filme revive desfile de carnaval que abordou a história da cultura negra


(Foto: Divulgação/ASCOM Waldeck)

O Departamento Cultural do G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel, o Vila Cultural, fez uma exibição especial, na última segunda-feira (06/08), do Documentário "Kizomba - 30 anos de um Grito Negro na Sapucaí" no Colégio Estadual João Alfredo, em Vila Isabel. A sessão contou com a participação de alunos, professores, ex-alunos e com a presença do Deputado Estadual Waldeck Carneiro (PT).

Produzido pela escola de samba, o documentário conta, através de depoimentos, o desenvolvimento de um dos melhores desfiles da Unidos de Vila Isabel, o Kizomba, no ano de1988. O desfileapresentou a importância da influência negra na cultura universal, a situação do negro no mundo e a abolição da escravatura.

Segundo Nathalia Sarro, diretora do documentário, o processo de elaboração desse filme iniciou há 4 anos, com o trabalho de preservação da memória do samba e do bairro. Foram produzidos vídeos com depoimentos de integrantes da escola que, por unanimidade, falavam sobre o tema do carnaval de 1988. Nathalia relata ainda que, a partir desses relatos, a equipe resolveu saber mais sobre a história do carnaval daquele ano e contou com a ajuda de vários integrantes da escola para encontrar pessoas que participaram do carnaval daquela época.

Preservação da memória cultural

A Diretora do Colégio Estadual João Alfredo, Grace Campelo, destacou que a exibição do documentário na instituição faz com que o aluno reflita sobre a sua ancestralidade e a sua raiz negra. Acrescenta ainda que a escola vem valorizando, em seu projeto pedagógico, a memória histórica da instituição e do bairro de Vila Isabel. Depois de assistirem ao documentário,alunos eprofessores tiveram a oportunidade de conversar com os responsáveis pela produção do filme.

"É preciso preservar a memória cultural do Estado do Rio de Janeiro, e este documentário conta um pouco da história do samba no bairro de Vila Isabel. Assistimos, junto aos alunos, num local que também precisa ser preservado: o Colégio Estadual João Alfredo. Por isso, propus, na ALERJ, dois projetos de lei que integram este objetivo: o PL 4264/2018, que determina o tombamento da unidade escolar como patrimônio histórico e cultural do Estado do Rio de Janeiro, e o PL 4263/2018, que desmembra a área do colégio do patrimônio da UERJ, a fim de que seja gerida pela direção da escola", afirmou o deputado estadual Waldeck Carneiro (PT), que também é professor da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Colégio tem sua história ligada à cultura negra

O Colégio Estadual João Alfredo surgiu em 1875, como um internato profissionalizante para filhos de escravos que foram libertos pela Lei do Ventre Livre. Preocupados com a grande quantidade de crianças negras abandonadas nas ruas, após a promulgação da lei, o Imperador Dom Pedro II e o Ministro do Império João Alfredo Correia de Oliveira fundaram a instituição com o objetivo de educar e abrigar esses menores.

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