No Rio de Janeiro, taxistas cariocas discutem com vereadores a limitação de carros particulares a serviço de aplicativos, bem diferente de Nova Iorque, cidade em que a Câmara Municipal aprova lei que impõe limite de licenças para veículos particulares a serviço de empresas como Uber e Cabify.
Na tarde do dia 8 de agosto, dezenas de motoristas de táxi estiveram reunidos com o presidente da Câmara municipal do Rio de Janeiro, vereador Jorge Felippe. O objetivo da audiência é a criação de um novo projeto de lei de regulamentação de serviços promovidos por empresas como Uber e 99. Os taxistas são contra o decreto do prefeito Marcelo Crivella que regulamenta o setor.
Os cariocas alegam que o decreto do prefeito não estabelece limite de veículos para a atuação dos aplicativos. Pensamento semelhante tem o presidente da Câmara. O vereador Jorge Felippe acha necessário rever a situação:
"O Rio tem pouco mais do que 32 mil táxis que são submetidos a regras. Enquanto que os carros de aplicativos já são mais de 100 mil", disse.
Nova Iorque limita aplicativos
Enquanto os cariocas debatiam soluções para o inchaço do mercado, os nova-iorquinos aprovavam a proibição da liberação de novas licenças para carros utilizarem os serviços das empresas de aplicativos. A medida vale por um ano. A Câmara de Nova Iorque também aprovou novas regras para pagamento a motoristas que trabalham para as empresas de aplicativo.
Os legisladores de Nova Iorque foram motivados pelos crescentes prejuízos provocados pelos aplicativos ao setor de táxi. As famílias dos profissionais passam por dificuldades crescentes. A enorme quantidade de carros a serviço dos aplicativos tem provocado congestionamentos e prejuízos ambientais. Nos últimos meses, seis taxistas cometeram suicídio na metrópole norte-americana.
Por outro lado, estudos recentes norte-americanos mostram que muitos motoristas de aplicativos vivem com dificuldades. Apesar do rápido crescimento do setor, a remuneração dos motoristas permanece baixa.
Vida difícil
A situação dos norte-americanos é semelhante a dos cariocas. Durante a reunião na Câmara, os taxistas relataram casos de suicídios entre os profissionais e dificuldades diversas provocadas pelo excesso de carros e cobranças abaixo do custo operacional do serviço.
No Rio de Janeiro, o presidente da Câmara Municipal, vereador Jorge Felippe, promete enviar em breve ao plenário novo texto regulatório para o setor.