Crivella detalha termos para volta às areias: ou vacina, ou contágio a zero

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, divulgou um vídeo detalhando por que não é possível liberar as areias das praias aos banhistas nesse momento de flexibilização de outras atividades. Na gravação, Crivella destaca que o calor e o banho de mar impedem o uso da máscara e que somente com vacina, um anti-retroviral ou quando houver um nível de contaminação próximo a zero será cabível retomar o banho de sol.

Como os jogos com torcida nos estádios, a liberação das areias foi descartada depois de uma reunião de três horas do Conselho Científico da Prefeitura. Os técnicos do Município, parte em cargo de confiança, são maioria no Conselho, integrado também por alguns dos mais renomados infectologistas, pneumologistas e estatísticos da UFRJ, da Fiocruz e da UERJ.

O prefeito detalhou a queda do contágio, e centrou seus argumentos na redução do ritmo de novas mortes. De acordo com Crivella, o pior momento foi em maio, quando os registros de óbitos quase dobraram na cidade, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Foram dez mil, ante 5.500 em maio de 2019. Em junho deste ano, 2020, os óbitos somaram 6 mil, 10% a mais do que junho do ano passado.

Na mesma entrevista, o prefeito pediu compreensão à população para que os bons resultados contra a covid-19 sejam mantidos e que todos colaborem, obedecendo às regras estipuladas pela Prefeitura, com ênfase no uso da máscara.

- Desde que começamos a usar máscaras, nossos níveis de contágio estão caindo. Tirar a máscara é um gol contra, porque ela é o principal fator para reduzir a carga viral e a contaminacão na nossa cidade. Nos parques, a pessoa consegue caminhar de máscara. Na areia da praia, devido ao calor, é mais difícil. Quem desobedecer, será multado em R$ 107 - disse Crivella.