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Pesquisa sobre rejeição a Bolsonaro é falsa, diz projeto Comprova

Movimento de jornalistas afirma que notícia é fake news.

Por Anderson Madeira em 13/08/2018 às 00:20:36

Jair Bolsonaro teve seu nome envolvido em pesquisa falsa. Foto: Agência Brasil

Se você ler nas redes sociais notícia sobre uma suposta pesquisa feita em presídios com rejeição ao candidato do PSL à Presidência, deputado federal Jair Bolsonaro, de 100% entre os presos, fique sabendo: é fake news. Quem garante é o projeto Comprova, movimento iniciado no último dia 6 por 24 veículos de comunicação do país, em que dezenas de jornalistas vão trabalhar em conjunto para combater as ondas de desinformação nas redes sociais durante a campanha eleitoral.

Segundo o Comprova, a suposta pesquisa de intenção de voto que teria sido realizada em presídios brasileiros, com 13 mil detentos em 450 instituições e 150 delegacias em todo o Brasil, nunca foi feita. A informação falsa foi compartilhada milhares de vezes em redes como o Facebook e Twitter.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, procurado pelo portal EU, RIO, afirmou que nenhuma pesquisa foi feita nas penitenciárias fluminenses e que os presos não têm direito a voto. Se aconteceu alguma pesquisa com familiares dos presos, esta teria ocorrido fora do ambiente prisional.

O Tribunal Superior Eleitoral informou, através de assessoria, que para uma empresa fazer pesquisa nos presídios, precisa de autorização da Justiça. Para que o levantamento seja viabilizado, deve ser registrado junto ao TSE pela empresa pesquisadora e os dados sobre sua realização devem estar disponíveis no site do Tribunal. Não há registros de nenhuma pesquisa de intenção de voto realizada em presídios e delegacias no período em que a informação foi publicada nas redes sociais.

Meme foi divulgado no dia 18 de julho

O Comprova verificou que a primeira menção a esta falsa notícia data de 18 de julho. É um meme divulgado pela página MovimentoIndependentBR. A página SomostodosBolsonaro também replicou a imagem e um policial militar e pré-candidato a deputado federal pelo PSL gravou um vídeo onde divulga a falsa informação.

O objetivo do Comprova é identificar e enfraquecer as sofisticadas técnicas de manipulação e disseminação de conteúdo enganoso que surgem ao redor do mundo. As empresas parceiras estão unidas no compromisso de investigar - de maneira precisa e responsável - declarações, especulações e rumores que estejam ganhando fôlego e projeção na internet. Ao trabalhar coletivamente para selecionar e apurar textos, vídeos, imagens e gráficos, os jornalistas vão contextualizar e esclarecer informações que podem ser consideradas enganosas ou deturpadas e tomar providências para minimizar o alcance e o impacto de mentiras comprovadas e deliberadas.

O público leitor poderá colaborar no projeto, através do número de WhatsApp (11) 97795-0022, encaminhando às equipes de checagem textos, aúdios, fotos e vídeos suspeitos. Se for constatada falsidade, os desmentidos serão respondidos pelo próprio WhatsApp, além de publicados no site do Comprova (projetocomprova.com.br) e nos sites integrantes da coalizão. As checagens sempre serão feitas em conjunto: para que algo seja divulgado, será necessário ter o aval de pelo menos três veículos diferentes. O material terá licença CreativeCommons, ou seja, poderá ser republicado livremente


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