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Ex-técnico, sobre Coutinho: “Não seria surpresa esse 'título' de craque da Copa do Mundo”

Luiz Paulo Barbosa treinou o jogador nas divisões de base do Vasco

Por Gustavo Cunha em 23/06/2018 às 17:29:23

(FOTO: André Mourão / Mowa Press)

Antes de a bola rolar na Rússia, a grande esperança do torcedor brasileiro era Neymar. Esperava-se que nesta Copa do Mundo e 2018 o camisa 10 chegasse com tudo. Porém, além da recente lesão e da falta de ritmo de jogo, o atleta não vem demonstrando estar completamente amadurecido para ser o grande destaque do torneio. Com isso, vê Phillipe Coutinho assumindo o protagonismo. O meia-atacante do Barcelona anotou um gol em cada uma das duas partidas disputadas pela Seleção Brasileira na competição - contra Suíça e Costa Rica - e foi considerado o melhor jogador em ambas.

O Portal Eu,Rio! entrevistou Luiz Paulo Barbosa, um dos técnicos de Coutinho nas divisões de base do Vasco. O treinador rasgou elogios ao atleta e analisou o seu momento na Seleção. “Todos nós, brasileiros, esperamos muito do Neymar para ganharmos o hexa. Com os adversários marcando forte o Neymar, sobram mais espaços para outros jogadores, e com isso o Coutinho está aproveitando bem esses espaços. Como ele sempre foi incisivo, muito inteligente e com uma qualidade absurda, está sendo importantíssimo para a Seleção Brasileira. De longe, o jogador mais importante nesses dois jogos", disse.

Além do belo futebol apresentado, Coutinho também chama a atenção pela maturidade. Em sua primeira Copa do Mundo, parece que já disputou a competição em outras oportunidades. Barbosa revelou que o jogador já apresentava essa personalidade desde cedo na base cruz-maltina.

“Já era maduro (para a idade) na época de Vasco da Gama. Em todas as categorias já era o mais importante do grupo. Já 'carregava' esse rótulo de um excelente jogador e que a qualquer momento resolveria um jogo com uma jogada de impressionar. Pela idade que tinha, já fazia jogadas inteligentíssimas.”

O ex-técnico do camisa 11 canarinho acredita que, pelo nível das atuações, não será surpresa se o atleta receber o prêmio de melhor jogador da Copa: “Ele sempre foi craque por onde passou. Pelas competições que disputava, e para quem conhece o Philippe, não seria surpresa esse título de craque da Copa do Mundo de 2018.”

Confira abaixo a íntegra da entrevista:

Acha que a transferência para o Barcelona, antes da Copa do Mundo, o ajudou a amadurecer como jogador e pessoa?

Isso dá moral para qualquer jogador, uma transferência às vésperas de uma Copa do Mundo, para um dos maiores times de futebol do mundo.

Diferente de Neymar, o Coutinho é um jogador mais discreto e pouco participativo nas redes sociais. Ele sempre foi assim, muito reservado?

Nunca foi espalhafatoso. Trabalhei com ele em 2008 [Coutinho tinha, então, 16 anos]. Já era jogador da Inter de Milão, mas no dia a dia, não parecia nada de disso. Sempre muito simples, muito humilde, mesmo sabendo que já era importante para qualquer categoria que representava pela base do Vasco. Era muito humilde, ou melhor, é muito humilde, educado, simples e muito querido por todos da época de Vasco da Gama.

O que mais te chamava a atenção nele? Naquela época, já dava sinais de que seria um jogador diferenciado?

Dribles em velocidade, gols e jogadas fantásticas. Chamava atenção pela pouca idade e jogadas de quem seria um grande jogador de futebol.

Como você se sente ao vê-lo disputando uma Copa do Mundo?

Fico muito orgulhoso de vê-lo jogar. Sempre acompanho os seus passos. E muito mais agora, numa Copa do Mundo. O máximo que um jogador pode chegar, ele também chegou, por mérito, e sendo unanimidade nacional e mundial. Tive o privilégio de comandar uma estrela do nosso futebol. Tive sorte de estar no momento certo e no lugar certo [Vasco da Gama].

Recentemente você fez estágio com Tite, antes do treinador trocar o Corinthians pela Seleção Brasileira. Qual a importância desse período para você?

Em 2015, tive a oportunidade de estagiar com o atual técnico da seleção brasileira (Tite). Foram 30 dias especiais na minha vida profissional e também como cidadão. Ele me mostrou como se comportar, como agir e tomar decisões precisas e criteriosas. Foi muito importante a minha passagem pelo Corinthians (estagiário do profissional em 2015). Trago comigo valores essenciais para os times que comando.


(FOTO: Arquivo pessoal)
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