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Pneumonia tem diferentes origens e inverno apresenta maior incidência

Doenças do aparelho respiratório são a segunda maior causa de internações no Brasil

Por Portal Eu, Rio! em 08/08/2020 às 07:00:00

Foto: Divulgação

Com a disseminação do novo coronavírus, muito tem se falado sobre uma das complicações mais frequentes de casos graves da COVID-19: a pneumonia. Para esta e outras doenças, o atendimento domiciliar é uma excelente solução, sobretudo em tempos de pandemia.

“Quaisquer que sejam os sintomas que a pessoa apresente, até mesmo em casos de diagnóstico de pneumonia, por exemplo, uma avaliação domiciliar é muito indicada”, afirma Aline Pasiani, coordenadora médica da Lar e Saúde, uma das maiores prestadoras de serviço home care do Brasil. “O tratamento pode ser iniciado ali mesmo e, se houver a necessidade de um exame complementar, o médico fará o encaminhamento”.

De acordo com o Ministério da Saúde, as doenças do aparelho respiratório foram a segunda maior causa de internações no Brasil, entre os anos de 2013 a 2017, sendo a principal causadora de mortes. Em relação à pneumonia, especificamente, foram registrados cerca de 200 mil óbitos por causa da doença no país entre 2015 e 2017.

Origens da pneumonia

A pneumonia pode ter algumas etiologias diferentes (bactérias, vírus e fungos), sendo a bacteriana a mais comum. O corpo geralmente dá conta para que esses patógenos não atinjam seus pulmões, porém às vezes podem dominar o sistema imunológico.

Podem ser classificados em Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC), o tipo mais comum de pneumonia, adquirida fora de ambientes hospitalares; ou Pneumonias Hospitalares, adquirida durante um internamento hospitalar, por exemplo, que podem ser causadas por bactérias mais agressivas e resistentes a antibióticos.

Sinais

Caracterizada como uma infecção que se instala no pulmão, a pneumonia é, geralmente, precedida por infecções ou sintomas das vias aéreas superiores, como congestão e secreção nasal, dor de cabeça, tosse e febre. Como agride os alvéolos (estruturas pequenas que funcionam dentro do pulmão), dificulta a troca a absorção de oxigênio do corpo. Assim, com a evolução dos sintomas, é comum que aumente a dificuldade para respirar, a frequência respiratória e, com isso, amplie a gravidade dos sintomas.

“A diferença está, sobretudo, nesse desenvolvimento dos sintomas. O paciente pode ter COVID-19, mas não ter pneumonia. Ou ter uma infecção com coriza ou sintomas leves que evolua e venha a se tornar uma pneumonia causada por isso. Qualquer doença de vias aéreas superiores, que comece a ter sintomas respiratórios, já é um indício de alerta e precisa de avaliação médica”, explica Pasiani.

Assim, conforme a doença evolui, muda também o diagnóstico. Além disso, exames laboratoriais ou de imagem podem ser feitos. Nestes casos, o atendimento domiciliar se reafirma como a melhor opção para tratamento, já que o paciente está no conforto de casa, sem estar exposto a outras infecções. “Nem toda pneumonia precisa de internação, mas é preciso estar focado na evolução dos sintomas, para que se identifique sinais de agravamento. Se tem a possibilidade de ser feito em casa, deve ser a primeira opção, principalmente por termos a possibilidade de tratar com medicação endovenosa em casa também, não sendo necessário permanecer em ambiente hospitalar”, afirma.

Dentre as principais formas de prevenção de doenças respiratórias, sendo ela uma gripe ou até pneumonias, as orientações são as mesmas para a pandemia: lavar as mãos e higienizar as superfícies regularmente, usar máscara, evitar sair de casa e ter contato com pacientes doentes.

Idosos precisam de maior cuidado

Pessoas com doenças pulmonares de base, assim como alguns grupos como diabéticos, hipertensos e, principalmente idosos, devem ter mais cuidado. Uma vez que o caso evolua para pneumonia, o quadro tem possibilidade de se agravar. De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre os anos de 2015 a 2017, mais de 80% das mortes por pneumonia no país foram de idosos. “Com a idade, o sistema imunológico não responde como antes. Assim, quando a doença evoluir, o corpo já não vai conseguir reagir da mesma forma, por isso a prevenção e buscar auxílio médico quando houver algum sintoma, é fundamental”, conclui Pasiani.

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