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Auxílio ingrato

Fundadora de ONG ajuda morador de rua e é expulsa do local pela dona do imóvel

Jaqueline Faria, da ONG Mulheres de Peito e Cor, precisou se mudar para outro bairro próximo


Ronaldo Ramos de Souza. Foto: Jaqueline Faria

Em meio à pandemia, Jacqueline Faria, fundadora da ONG Mulheres de Peito e Cor, que cuida de mulheres negras com câncer de mama, se viu sensibilizada com a situação de Ronaldo Ramos de Souza, morador de rua que vive vendendo balas nas redondezas da sede da organização, no bairro do Engenho Novo, na zona norte carioca.

Faria montou uma cama na varanda da sede para o rapaz dormir ao fim de seu trabalho. Porém, a atitude da assistente social incomodou moradores da região. No dia 29 de julho, a dona da propriedade, alugada pela organização, ligou para Faria e pediu a retirada do rapaz da varanda, pois estava incomodando residentes da localidade. Os moradores alegam que o rapaz teria praticado pequenos furtos na região do Méier.

Jacqueline Faria afirmou à reportagem do Portal Eu, Rio! que terá de sair do imóvel após a confusão. "Na hora em que eu fiz isso (ajudar o morador de rua), ela (proprietária) não disse nada. Um dia, ela me liga e fala que os vizinhos começaram a pressioná-la e que ela preferia não ter o imóvel dela sendo usado para isso, pois os vizinhos estavam temerosos. Com isso, me deu um ultimato para sair do imóvel" afirmou Jacqueline Faria, que fará a mudança da ONG para um imóvel próximo da Comunidade do Lins.

Contato com a mãe

Após revelar a história de Ronaldo nas redes sociais, Jacqueline Faria conseguiu entrar em contato com a mãe do morador de rua. Em uma conversa com o Portal Eu, Rio!, Jaqueline Ramos de Souza, mãe de Ronaldo, afirmou que o filho vem de uma separação, está desempregado e vem enfrentando problema com drogas. "Ele sempre foi muito fechado, estava desempregado faz um tempo. Dias antes dele sumir, me procurou pedindo pra levá-lo em uma clínica, pois estava tendo problema com drogas". A mãe afirmou que a ONG irá ajudar Ronaldo a se recuperar.

Não obtivemos resposta da Polícia Civil sobre a veracidade dos crimes na região apontados pelos moradores.

Ouça o que diz Jacqueline Faria, fundadora da ONG Mulheres de Peito e Cor, que ajudou o rapaz, no Podcast do Portal Eu, Rio, abaixo.


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