De forma gradual, as cirurgias eletivas que foram adiadas no início da pandemia estão sendo retomadas. A decisão veio através da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que assegura que os estabelecimentos de saúde estão em condições adequadas para atender a demanda, desde que haja indicação do profissional. Para que o retorno dos atendimentos aconteça de forma cuidadosa nesse novo cenário pós-chegada do coronavírus, os procedimentos de higiene e segurança precisaram se adequar de forma ainda mais rigorosa.
Segundo o cirurgião plástico Leandro Faustino, as mudanças na rotina cirúrgica acontecem desde o pré até o pós operatório. "Atualmente existem novas regras básicas de segurança que precisamos adotar nos atendimentos e principalmente nas cirurgias. Uma delas é realizar os procedimentos cirúrgicos em hospitais com menos riscos de contaminação, ou seja, aqueles em que a ala cirúrgica e o pronto socorro ficam em áreas diferentes, desde a entrada no local até o uso de elevadores. Também existem os hospitais Covid-free, são os mais indicados pois trabalham apenas com cirurgias eletivas, sem internações por outras causas e não possuem pronto atendimento e isso impede com que o paciente entre em contato com pessoas externas, que podem estar com o vírus", afirma.
As novas regras de segurança são:
* Teste para Coronavírus
A testagem periódica dos pacientes também é uma nova medida de segurança, as pessoas que vão passar pela cirurgia eletiva fazem o teste com maior sensibilidade e precisão para detectar o Coronavírus, o RT-PCR, conhecido como swab nasal. Auxiliares, anestesistas, cirurgiões e toda equipe médica também precisam passar constantemente pela testagem.
* Novos equipamentos de proteção
Máscaras, óculos de proteção e álcool em gel sempre estiveram presentes no ambiente hospitalar. Atualmente, as máscaras face shields passaram a fazer parte dos equipamentos de proteção individual do profissional. Nas cirurgias eletivas ela vem sendo utilizada principalmente pelos anestesistas para reforçar a proteção do rosto e prevenir qualquer tipo de contaminação via nasal.
* Desospitalização
A desospitalização é uma forma de reduzir o tempo de recuperação do paciente no hospital, optando por um alta mais rápida que o comum. Esse procedimento tem como objetivo manter a pessoa mais segura e confortável em casa, além de racionalizar os leitos hospitalares.
* Cuidado redobrado com o grupo de risco
No caso de pacientes que estão no grupo de risco, é preciso ter ainda mais cautela. Se possível, o ideal é adiar os procedimentos cirúrgicos para datas mais distantes considerando que o cenário epidêmico pode ter uma melhora. Caso contrário, é indicado que a cirurgia seja feita nos hospitais considerados Covid-free.
Para esclarecer todas as dúvidas sobre as mudanças no ambiente cirúrgico pós pandemia o cirurgião plástico preparou um vídeo explicativo com todos os detalhes sobre o tema.
Assista:
Reprodução YouTube