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Médica picada por cobra em cachoeira está com 70% da respiração comprometida

Dieynne Saugo foi picada no rosto e pescoço e precisou se submeter a uma traqueostomia

Por Portal Eu, Rio! em 03/09/2020 às 20:21:50

Médica Dieynne Saugo foi picada por uma cobra numa cachoeira. Foto: Reprodução Instagram

Dieynne Saugo, médica picada por uma cobra em cachoeira no MT, está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o último domingo (31). Ela precisou passar uma por uma traqueostomia (abertura na traqueia) para desobstruir as vias áreas que chegaram a estar 70% comprometidas.

De acordo com a irmã da médica, o médico deu duas opções para tentar melhorar a respiração da paciente. Uma era a traqueostomia e a outra a entubação. A traqueostomia é um procedimento cirúrgico que consiste em uma abertura feita na traqueia, com inserção de um tubo, que permite a passagem do ar. Na entubação, um tubo é colocado dentro da traqueia, que permite o uso de ventilação mecânica.

O médico coordenador do Centro Antiveneno de Mato Grosso (Ciave), José Antônio de Figueiredo, conta que Dieynne teve picadas no rosto e no pescoço. Posteriormente, as vias aéreas ficaram comprometidas devido ao inchaço nessas regiões, o que dificultou a respiração da médica.

"É como se tivesse uma reação alérgica. Não significa que o veneno cause alteração nesse sentido, mas causa o inchaço que, na região do pescoço, pode comprometer veias importantes. O caso dela é bem diferente devido ao local da picada. Na maioria das vezes, as picadas são no pé, tornozelo e perna, seguido de mão e braço", explicou ao G1.

Dieynne foi picada durante um banho na Cachoeira Serra Azul, em Nobres, a 151 km de Cuiabá (MT). Ela levou quase três horas para chegar ao hospital e, enfim, realizar a aplicação do soro.


Cachoeira Serra Azul, onde a médica foi picada por cobra no MT - Foto: Divulgação

A cobra que picou a médica despencou com a queda d’água da cachoeira e atingiu Dieynne que estava logo abaixo.

Segundo G1, o Parque Sesc Serra Azul diz que sua equipe de saúde acompanhou o caso assim que teve conhecimento e deu todas as orientações possíveis.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) ressaltou que o parque está em funcionamento desde dezembro de 2011 e essa é a primeira vez que acontece um acidente dessa natureza. O órgão também se posicionou sobre a médica ter recebido o soro apenas no hospital.

"Os soros antivenenos são disponíveis somente em unidades hospitalares com retaguarda para possíveis complicações, pois a aplicação do composto tem que ser feita com supervisão médica", explica.

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