Estamos no Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio. Estudos apontam que a maioria das mortes por suicídio está associada a um transtorno mental não tratado de forma correta ou identificado e acompanhado. Segundo a Organização Mundial de Saúde, no mundo a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio e a cada três segundos uma pessoa tenta tirar a própria vida. 90% dos casos podem ser evitados.
Com a pandemia de coronavírus a preocupação com a saúde mental aumentou como constata o psicanalista Lenilson Ferreira.Pesquisa da Associação Brasileira de Psiquiatria com médicos de 23 estados e do Distrito Federal revela que 47,9% dos entrevistados perceberam aumento em seus atendimentos. 89,2% destacaram o agravamento de quadros psiquiátricos em seus pacientes devido à pandemia de covid-19. Ouça a reportagem da RadioAgência Nacional no podcast do Eu, Rio! (eurio.com.br)
Para futuras políticas públicas o Ministério da Saúde realiza um extenso estudo para avaliar transtornos mentais durante a pandemia. Foram colhidos dados socio-demográficos e realizados questionários com a população. Maria Dilma Teodoro, coordenadora geral de Saúde Mental da pasta revela os dados preliminares. Com a pandemia houve um adoecimento mental também dos profissionais da área de saúde e serviços essenciais que estão na linha de frente de combate à covid-19. O Ministério da Saúde criou um programa pensando neles como conta Maria Dilma Teodoro.
A psiquiatra Ana Paula Carvalho cita a quarta onda com a pandemia relacionada a saúde mental e prevista por especialistas americanos. Para ela, o isolamento pode causar sofrimento emocional.
Para Zeina Soares, de 64 anos, a depressão é uma dor da alma.
Leila Heredia, do Centro de Valorização da Vida, destaca que o número de atendimentos tem se mantido, mas os temas estão relacionados ao momento.
E como falar com uma pessoa que precisa de ajuda? A dica da psiquiatra Ana Paula Carvalho é se colocar à disposição do outro, para que ele sinta que tem alguém com quem contar.
Quem está passando por um momento difícil pode buscar ajudar em grupos de apoio, nos Centros de Atenção Psicossocial e Unidades Básicas de Saúde, Hospitais e no CVV no 188 ou ainda pela internet.
Fonte: RadioAgência Nacional