De acordo com o Relatório de Economia Bancária do Banco Central, divulgado em junho, o Brasil reúne cerca de 4,6 milhões de pessoas que vivem com o chamado "endividamento de risco", aquele ligado à inadimplência. O número, que já é alarmante por si só, ganha ainda mais destaque no mês de setembro, que conta com uma campanha de prevenção ao suicídio. Isso porque, embora não existam números oficiais que liguem os problemas financeiros à tentativa de tirar a própria vida, dados da Organização Mundial da Saúde mostram que quase 80% dos suicídios são reportados em nações de baixa e média renda, o que justifica relacionar as duas coisas.
Foi pensando nisso que a ConsigaMais+, fintech de crédito consignado privado, resolveu fazer uma campanha para chamar a atenção para o assunto. “Muita gente, diante de uma crise econômica, se vê sem saída e pensa em medidas radicais. O nosso objetivo inicial é mostrar que essas pessoas não estão sozinhas e que elas podem ser ajudadas”, afirma Victor Loyola, sócio da empresa. “Depois, queremos mostrar a importância da educação financeira e das pessoas conseguirem lidar com os recursos que têm, ainda que precisem contar com empréstimos”, acrescenta.
Victor adverte, no entanto, que os empréstimos só devem ser uma saída quando tomados de forma consciente. “Em muitos casos, no desespero, as pessoas aceitam qualquer forma de crédito e, depois, veem que essa solução a curto prazo gerou um problema gigantesco a longo prazo. E aí elas ficam piores ainda porque se sentem enganadas. Aquela angústia de estar em uma situação difícil inicialmente se transforma, na sequência, na certeza de não ter para onde ir”, observa.
A campanha produzida pela ConsigaMais+ lembra que o ano de 2020 e o isolamento social podem ter contribuído para que as pessoas em depressão tenham se sentido ainda mais sozinhas e desamparadas. A fintech sugere, então, que todos fiquem mais atentos aos que estão ao seu redor. “O fato de estarmos distantes fisicamente não pode nos deixar afastados das pessoas. Precisamos mandar mensagens, perguntar se o outro está bem. Essa simples iniciativa pode salvar uma vida”, conclui o executivo.