A pandemia do novo coronavírus não afetou somente o calendário de futebol, como também as finanças dos clubes. Com o Flamengo não poderia ser diferente. De acordo com um balanço divulgado recentemente, o Rubro-Negro foi o terceiro time do país que mais aumentou a dívida neste período, são R$ 163 milhões a mais. Nesta terça (15), o ex-vice de Finanças do Fla, Wallim utilizou as redes sociais para tranquilizar a Nação e garantiu estar tudo sob controle.
Ainda nesta terça, o atual presidente da Comissão de Finanças do Conselho Deliberativo do Flamengo, Claudio Pracownik, utilizou a publicação de Wallim para reforçar o posicionamento do ex-dirigente rubro-negro e aproveitou para afirmar que a performance financeira do Flamengo está melhor ‘do que aquela orçada’.
"Acrescento à excelente análise do Wallim que a razão entre a dívida liquida total e o resultado operacional dos ultimos 12 meses é absolutamente saudável e o ativo intangível (jogadores)+ Imobilizado representam 1,5x da citada dívida. Não quero, em hipótese alguma, minimizar os graves efeitos que a crise global impôs também ao CRF. Ainda temos pela frente um ano imprevisível e desafiador, aonde novas receitas terão que ser geradas e o Fluxo de Caixa gerido à unha. Termino dizendo que apesar de tudo, terminamos o 1o semestre com uma performance financeira melhor do que aquela orçada e que temos a sorte de ter a frente do Clube pessoas extremamente sérias e competentes para atravessar esse momento de exceção que estamos vivendo! SRN!”
Um dos primeiros impactos sofridos pelo Flamengo foi a perda de patrocínio, ainda no início da pandemia. O Azeite Royal, que patrocinava todos os grandes clubes do Rio de Janeiro, rescindiu o contrato. Além disso, a Adidas, fornecedora de material esportivo, atrasou o pagamento dos valores negociados com o Rubro-Negro. Apesar da volta do futebol, as partidas estão sendo realizadas com os portões fechados, então, o Mais Querido não pode contar com os valores arrecadados pela bilheteria.
Em maio, ainda no início da pandemia, o Flamengo buscou medidas para aliviar a crise econômica. Uma das primeiras atitudes da diretoria rubro-negra foi conversar com os jogadores profissionais e acertarem uma redução salarial. Sem muita dificuldade as partes chegaram a um acordo e houve uma redução de 25% do salário, além de ter sido negociado a postergação do pagamento dos direitos de imagens – a partir de janeiro de 2021.