Alda Clemente Machado, de 87 anos, paciente da Clínica de Doenças Renais (CDR) de Vila da Penha chama atenção de quem passa por lá por sua constante alegria e afetividade com a equipe e demais pacientes. A fórmula para ver a vida de forma tão leve, segundo ela, está nos livros, seus maiores companheiros desde que passou a necessitar da hemodiálise para filtrar o seu sangue.
"Eu sento e leio nas três horas que faço diálise. E eu venho todos os dias, então, leio muito. A leitura estimula o meu cérebro, a memória. Meus netos e sobrinhos me enchem de livros de presente", conta Alda.
A doença renal crônica é silenciosa e atinge aproximadamente 195 milhões de pessoas em todo o mundo. Com o aumento da expectativa de vida da população, vem crescendo também o número de idosos que desenvolvem o risco de insuficiência dos rins. Esse percentual pode variar de 30% a 50% em pessoas com mais de 65 anos, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia. No Brasil, 10% da população têm mais de 65 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Idosos acompanhados por equipes multidisciplinares são a prova de que cuidados especiais podem promover grande melhoria de vida quando o envelhecimento e problemas de saúde chegam. Com apoio de médicos, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais, muitos idosos seguem mantendo atividades cotidianas de fazer inveja a muitos jovens.
"O idoso que recebe cuidados amplos nos mais variados aspectos tem uma sobrevida maior. Tomar remédios certos e nas doses e horas corretas, orientação para se alimentar bem, estímulo para se movimentar, se sentir querido e bem relacionado, manter amigos. Por isso, em nossas clínicas, é comum ver idosos felizes, sorridentes. É porque eles são vistos e orientados permanentemente. Fazemos um cuidado intensivo com eles. Transformamos vidas e isso faz muita diferença para eles", diz a assistente social, Aline Aparecida Gomes Viana. A CDR faz parte da rede de clínicas da multinacional alemã Fresenius Medical Care.
A nefrologista Ana Beatriz Barra, diretora médica da Fresenius Medical Care, reforça a importância de serem cultivados hábitos saudáveis para o corpo e para a mente dos idosos. "Quando os pacientes se mantêm ativos, o tratamento se torna muito mais eficaz", garante.
Moyses Leão Struchiner, 89 anos, segue à risca. Paciente da Clínica de Doenças Renais de Botafogo, ele aposta na atividade física como a sua principal aliada. "Acordo cedo todos os dias e me exercito, inclusive nos dias em que faço diálise.Com o tratamento adequado, melhorei até a convivência com os familiares, brinco com meus bisnetos, assisto séries em casa. Eu era muito acostumado a ter uma vida ativa quando mais novo, já tinha praticado basquete, vôlei, natação, caminhada. Não gosto de ficar parado", explica.