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Doenças renais atingem até 50% dos brasileiros com mais de 65 anos

Assistência multidisciplinar e rotina ativa, com família e amigos por perto, melhoram saúde e qualidade de vida dos idosos

Por Portal Eu, Rio! em 01/10/2020 às 06:59:00

Alda Machado, de 87 anos, tem nos livros seus maiores companheiros desde que passou a necessitar da hemodiálise para filtrar o sangue Foto Divulgação CDR Vila da Penha

Alda Clemente Machado, de 87 anos, paciente da Clínica de Doenças Renais (CDR) de Vila da Penha chama atenção de quem passa por lá por sua constante alegria e afetividade com a equipe e demais pacientes. A fórmula para ver a vida de forma tão leve, segundo ela, está nos livros, seus maiores companheiros desde que passou a necessitar da hemodiálise para filtrar o seu sangue.

"Eu sento e leio nas três horas que faço diálise. E eu venho todos os dias, então, leio muito. A leitura estimula o meu cérebro, a memória. Meus netos e sobrinhos me enchem de livros de presente", conta Alda.

A doença renal crônica é silenciosa e atinge aproximadamente 195 milhões de pessoas em todo o mundo. Com o aumento da expectativa de vida da população, vem crescendo também o número de idosos que desenvolvem o risco de insuficiência dos rins. Esse percentual pode variar de 30% a 50% em pessoas com mais de 65 anos, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia. No Brasil, 10% da população têm mais de 65 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Idosos acompanhados por equipes multidisciplinares são a prova de que cuidados especiais podem promover grande melhoria de vida quando o envelhecimento e problemas de saúde chegam. Com apoio de médicos, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais, muitos idosos seguem mantendo atividades cotidianas de fazer inveja a muitos jovens.

"O idoso que recebe cuidados amplos nos mais variados aspectos tem uma sobrevida maior. Tomar remédios certos e nas doses e horas corretas, orientação para se alimentar bem, estímulo para se movimentar, se sentir querido e bem relacionado, manter amigos. Por isso, em nossas clínicas, é comum ver idosos felizes, sorridentes. É porque eles são vistos e orientados permanentemente. Fazemos um cuidado intensivo com eles. Transformamos vidas e isso faz muita diferença para eles", diz a assistente social, Aline Aparecida Gomes Viana. A CDR faz parte da rede de clínicas da multinacional alemã Fresenius Medical Care.

A nefrologista Ana Beatriz Barra, diretora médica da Fresenius Medical Care, reforça a importância de serem cultivados hábitos saudáveis para o corpo e para a mente dos idosos. "Quando os pacientes se mantêm ativos, o tratamento se torna muito mais eficaz", garante.

Moyses Leão Struchiner, 89 anos, segue à risca. Paciente da Clínica de Doenças Renais de Botafogo, ele aposta na atividade física como a sua principal aliada. "Acordo cedo todos os dias e me exercito, inclusive nos dias em que faço diálise.Com o tratamento adequado, melhorei até a convivência com os familiares, brinco com meus bisnetos, assisto séries em casa. Eu era muito acostumado a ter uma vida ativa quando mais novo, já tinha praticado basquete, vôlei, natação, caminhada. Não gosto de ficar parado", explica.

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