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Mesmo preso e com candidatura contestada, Lula segue liderando rumo ao Planalto

Jair Bolsonaro só vence em cenário sem o ex-presidente petista

Por Rafael Brito em 25/08/2018 às 11:10:52

Indefinição de candidatura influencia no cenário político (Foto:José Cruz/ Agência Brasil)

Preso desde abril e com candidatura contestada em 16 ações junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira (23), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue liderando em mais uma pesquisa eleitoral. O candidato petista aparece no levantamento que a Ipespe/XP Investimento realizou entre os dias 20 e 22 de agosto com 32% das intenções de votos, 12 pontos à frente de Jair Bolsonaro, o candidato do PSL que aparece com 20%.

A uma semana do início da campanha no rádio e na TV, em um cenário espontâneo, no qual não se apresenta ao entrevistado os nomes dos candidatos, ainda assim Lula assume a liderança na pesquisa: são 18% das intenções de voto, contra 15% de Bolsonaro. Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) empatam com 3%, Marina Silva (Rede) e Álvaro Dias (Podemos) com 2%, João Amoedo (Novo) e Cabo Daciolo (Patriota), 1%. Os demais candidatos não pontuaram.

A mesma pesquisa simulou a eleição sem a concorrência do ex-presidente petista e, neste caso, Jair Bolsonaro empata com nulos e brancos, pontuados em 23% . Neste cenário, Marina Silva aparece com 12%, seguida dos seguinte empates: 8% para Ciro Gomes e Alckmin, 5% de Álvaro Dias, 2% para João Amoedo e Henrique Meirelles e1% de votos para Cabo Daciolo e Guilherme Boulos. Ainda nessa simulação, o substituto de Lula, Fernando Haddad empata com os indecisos: 6%.

Num quarto cenário, no qual Fernando Haddad é apresentado com o apoio de Lula, sua colocação sobe para o segundo lugar, com 13% de votos, 7 pontos abaixo de Bolsonaro, que lidera com 20%.. Marina Silva é a terceira colocada, com 9%, Ciro e Alckmin com 6% e os demais presidenciáveis com menos de 5%.

Segundo Turno

Se na pesquisa do Datafolha Bolsonaro só levou a melhor concorrendo com Fernando Haddad, nesta pesquisa da XP, realizada por telefone, o milico reformado só perderia fora da margem de erro disputando com Lula (45% a 33%). Concorrendo com Geraldo Alckmin, vence com um ponto de diferença (34% a 33%), equivalente a Ciro Gomes (ambos com 32%) e derrotado por Marina (37% a 33%). Na disputa entre Alckmin e Ciro, o tucano leva 33% dos votos a 28% do ex-governador cearense.

Rejeição

Desde a primeira semana de junho a XP Investimento vem realizando pesquisas com a mesma metodologia. A desta semana corresponde a décima quarta e, dentro do período, Jair Bolsonaro é o que apresentou maior crescimento da taxa de rejeição (percentual dos eleitores que não votariam em hipótese nenhuma no candidato): ele saltou de 48% para 59%.

Os demais presidenciáveis mantiveram a taxa de rejeição dentro da margem que já vinham apresentando: Lula e Marina, 60%, Ciro e Alckmin, o mesmo percentual do federal do PSL - 59%, Álvaro Dias, 54% e Álvaro Dias, 48%.

Metodologia

A pesquisa foi feita por telefone e ouviu 1.000 eleitores de todas as regiões do país, entre os dias 20 e 22 de agosto. Sua margem de erro é 3,2 pontos porcentuais, para mais ou para menos. A taxa de confiança é de 95,5%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-07829/2018.

Impugnação de Lula

Diante das 16 contestações que até ontem (23) o TSE recebeu contra a candidatura de Lula, dentre elas, uma da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a defesa do ex-presidente tem sete dias corridos, a contar da notificação dos advogados, para se manifestar nos processo.

Após a manifestação da defesa, os autores dos pedidos de impugnação terão até o dia 4 de setembro para a tréplica. A palavra final do TSE, sobre a impugnação ou não, pode acontecer até 17 de setembro. Após essa data, ainda poderá haver recurso junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Caso Lula seja finalmente impedido de participar da eleição, a sua chapa também só terá até o dia 17 de setembro para substituir o nome do candidato nas urnas. Para este caso, já há o acordo firmado entre o PT e o PCdoB, no qual o atual vice de Lula, Fernando Haddad, passa a ser o candidato oficial e a jornalista Manuela D"Ávila entra como vice.



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