O grupo canadense Cirque du Soleil Entertainment Group anunciou que saiu da recuperação judicial, após a pandemia de covid-19 forçar a famosa operadora circense a cancelar seus espetáculos e demitir seus artistas no início do ano.
O circo, que atingiu reconhecimento mundial após surgir de uma trupe de artistas de rua nos anos 1980, cortou cerca de 95% de sua força de trabalho e suspendeu todas as suas apresentações por conta da pandemia.
Após um pedido de recuperação judicial apresentado em junho, o circo pouco depois chegou a um novo acordo de compra com credores segurados pouco depois.
Segundo Creso Suerdieck, especialista em recuperação judicial, é uma situação onde a lei já tem um entendimento pacificado. “Quando uma empresa entra em recuperação judicial, não é pelo fato de não haver mais saída, mas sim um meio para passar a crise financeira. No caso específico do Cirque Du Soleil, a empresa entrou este ano em recuperação judicial e, neste mesmo ano, a concluiu. Ou seja, passou o momento mais complicado e se reorganizou internamente para voltar a operar”, afirma.
Grupo de Credores
Um grupo de credores, liderado pelo Catalyst Capital Group, havia feito uma proposta para tomar o controle do grupo circense baseado em Montreal em julho, substituindo um acordo com os acionistas do Cirque du Soleil que incluía financiamento da dívida por meio de um órgão governamental da província canadense de Quebec.
Como parte do acordo com os credores, o Cirque du Soleil anunciou que iria acrescentar o ex-CEO da MGM Resorts MGM.N Jim Murren e Gabriel de Alba, um dos sócios do Catalyst Capital Group, ao seu conselho.
Daniel Lamarre continua como o presidente do grupo e a empresa irá manter sua sede em Montreal.