Eduardo Paes (DEM) venceu o segundo turno das eleições no Rio de Janeiro, com 64,41% dos votos válidos. Marcelo Crivella (Republicanos) teve 35,59% dos votos válidos. Eleito pela terceira vez, ele venceu Crivella (Republicanos) com quase o dobro de votos do atual prefeito e com maioria em todas as zonas eleitorais.
Será o terceiro mandato de Paes, que já governou a cidade entre 2009 e 2017. Ele agradeceu os votos e celebrou "a vitória da política".
"A primeira mensagem que eu queria passar é de agradecimento, aos cariocas que foram às urnas e acreditaram nas nossas propostas", disse o eleito, ao lado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia — cujo pai, o vereador Cesar Maia, até então detinha o recorde de três mandatos na prefeitura, agora igualado. Queria também celebrar aqui uma vitória da política. Nós passamos os últimos anos radicalizando a política brasileira. O resultado desse radicalismo certamente não fez bem a nenhum de nós cariocas, não fez bem a nenhum de nós brasileiros", emendou.
Para Paes, "o primeiro desafio está na saúde, na pandemia". Ele disse que anunciaria nesta segunda-feira (30) as primeiras medidas no cargo.
Com 100% das urnas apuradas, Paes somou 1.629.319 votos, ou 64,07% dos válidos, derrotando o atual prefeito, que obteve 913.700 votos (35,93%).
Brancos (5,03%) e nulos (13,77%) somaram 588.714 votos. Houve ainda o recorde de 1.720.154 abstenções (35,45%) -- mais do que a votação do vencedor.
Somados brancos, nulos e abstenções, chegava-se a 2.308.868 “não votos”, quase a metade do eleitorado.
No seu plano de governo para 2021-2025, Paes lista 12 objetivos centrais, como a restauração da qualidade de serviços básicos: saúde, educação e transportes. Eduardo Paes acrescenta que a recuperação da situação financeira passa pelo pagamento dos salários em dia e "a retomada dos sistemas de meritocracia".