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Paes acerta compra de Coronavac do Butantan com Dória

Termo de Cooperação não cita quantidades nem prazos, mas indica mudança na disposição do prefeito eleito de aguardar o Plano Nacional d Vacinação contra a Covid-19

Por Portal Eu, Rio! em 21/12/2020 às 12:39:08

Sem esperar a posse, dia 1° de janeiro, Eduardo Paes firmou entendimentos com a Fiocruz e o Instituto Butantan para assegurar oferta diversificada de vacinas, sem esperar o Ministério da Saúde Foto A

O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, acertou um termo de cooperação com o Instituto Butantan, para aquisição de vacina contra o novo coronavírus. O imunizante, em desenvolvimento pelo Instituto Butantan, em parceria com a biofarmacêutica Sinovac, com sede em Pequim, está em fase final de testes no Brasil. A previsão do diretor do Instituto Butantan é que o pedido de registro definitivo e a requisição de autorização para uso emergencial seja encaminhado à Anvisa no próximo dia 23, junto com o envio dos dados finais dos testes da fase 3, comprovando a eficácia acima de 90% e a ausência de efeitos adversos graves.

O acerto para venda ao Rio foi feito durante uma reunião entre Paes e o governador de São Paulo, João Doria, na capital paulista, que se estendeu pela noite de sábado (19/12). Após o encontro, já na madrugada de domingo (20/12), o prefeito eleito publicou nas suas redes sociais o anúncio do acordo e prometeu apresentar no próximo dia 28 um plano de enfrentamento à covid-19. Ainda de acordo com Paes, o importante é contar com um Plano Nacional de Imunização, que deverá ser seguido no município do Rio

. O prefeito eleito ressaltou que a rede de Saúde do município estará preparada para atender a população carioca. E revelou que sua futura equipe já está em contato com diferentes laboratórios para acertar as ações de enfrentamento à covid-19. Ouça a reportagem da RadioAgência Nacional sobre o entendimento entre João Dória e Eduardo Paes em torno da vacina de Butantan/Sinovac no podcast do Eu, Rio! (eurio.com.br)

Como parte dessa política de acelerar contatos, o prefeito eleito e o futuro secretário de Saúde, Daniel Soranz, tiveram uma reunião com a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade. O encontro foi nesta segunda, 21/12,no final da manhã, na residência oficial da Presidência da Fundação. Da reunião, resultou um termo de entendimento semelhante ao firmado com o Butantan, sem volumes nem prazos definidos, à espera do Programa Nacional de Imunização. O laboratório de farmácos e vacinas da Fiocruz, BioManguinhos, é o responsavel pela fabricação no País do imunizante de Oxford Astrzeneca, principal aposta do Governo Federal para o Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19. No total, são 100 milhões de doses no primeiro semestre do ano que vem, e 30 milhões por mês, a partir de julho de 2021.

No dia 8 de dezembro, logo depois de o governador de São Paulo, João Dória, incluir o Rio entre as prefeituras que teriam acertado a compra da vacina de Butantan, Eduardo Paes distribuiu uma nota oficial esclarecendo que sua prioridade era o Programa Nacional de Imunização, que àquela altura não incluía ainda a Coronavac.

A demora no licenciamento das opções do governo federal e na definição da logística de distribuição pelo ministro Pazuello, da Saúde, guindado ao posto pelo seu trabalho na Intendência do Exército, levou a uma mudança de planos para o prefeito eleito, que firmou o termo de cooperação com Dória para a compra da vacina de tecnologia chinesa, explorando as normas aprovadas pelo Supremo Tribunal Federal, que reafirmou a autonomia de Estados e Municípios para adotar medidas de combate à pandemia e proteção à população, inclusive a eventual importação e distribuição de imunizantes, sem o aval da Anvisa. Eis a íntegra da nota anterior de Eduardo Paes:

“A Prefeitura do Rio, durante toda a minha gestão, sempre seguiu as regras definidas pelo Programa Nacional de imunizações e assim será em relação à vacina de combate ao Coronavírus. Os insumos estratégicos no sistema único de saúde são de responsabilidade do Governo Federal o que aumenta muito o poder de compra do estado brasileiro reduzindo custos para o Sistema Único de Saúde. Desta forma, a partir de primeiro de janeiro estaremos juntos ao Ministério da Saúde acompanhando todo o planejamento e organizando a rede municipal para garantir que a vacinação seja realizada de forma organizada e no menor tempo possível para a população. O assunto é de suma importância e precisa ser tratado de forma institucional sem que haja ruídos de comunicação ou interpretações equivocadas”.

Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Agência Brasil e Radio Agência Nacional

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