Policial confessa ter matado a tiros motorista de aplicativo na Linha amarela

O policial militar Jefferson da Cunha Oliveira confessou na sexta-feira (26) ter matado com um tiro na cabeça o motorista de aplicativo Marco André Lacerda de Paula, de 24 anos, no dia 25 de outubro, na saída 3 da Linha Amarela, quando a vítima voltava de um encontro de carros na Barra da Tijuca. Ele se apresentou a polícia e alegou que atirou na vítima porque pensou que seria assaltado.

Testemunhas contaram que antes de atirar, o policial, que dirigia uma BMW, abaixou o vidro falou alguma coisa que eles não entenderam. Em seguida, fez o disparo que atingiu Marco André na cabeça.

A polícia identificou Jefferson com o auxílio das câmeras da Linha Amarela. Os agentes da Delegacia de Homicídios da Capital apuraram também que, depois de matar Marco André, o atirador continuou dirigindo pela Via Expressa em direção ao Fundão.

A Polícia conseguiu o endereço do policial, que mora no Cachambi. Quando soube que estava sendo procurado, Jefferson se apresentou. Apesar de ter confessado, ele continua em liberdade.

Ao se entregar na Divisão de Homicídios da capital na sexta-feira (26), Jefferson da Cunha alegou que se assustou com a forma com que Marcos dirigia e que teria se aproximado repentinamente dele na linha amarela. Com isso, o policial pensou que seria assaltado.

Iury oliveira, amigo de André, disse que está revoltado. "O inquérito já está encerrado. O trabalho da Polícia já foi feito e a Justiça ainda não tem uma data de prisão. E ele continua solto por aí", disse.

O tio da vítima, Marcos Vinícius Pimentel, disse que todos estão chocados com o que aconteceu. Ele contou que Marcos estava feliz, namorando e trabalhando como motorista de aplicativo: "Excelente filho, era de família, não tinha porque aconteceu isso", disse.

A polícia abriu um procedimento interno e apura a conduta do militar. Jefferson foi afastado das funções e teve a arma recolhida.