Na próxima quarta-feira (06), acontece a sessão do Congresso Nacional dos Estados Unidos, para apuração dos votos do colégio eleitoral.
O resultado só é oficialmente válido após as votações do colégio eleitoral serem abertas pelo presidente do Senado, ou seja, o vice-presidente, Mike Pence, e os votos sejam validados e contados.
O presidente da sessão, caberá a Pence preservar a ordem e o decoro, abrir os envelopes de votação, invocar qualquer objeção de integrantes do Congresso, anunciar os resultados e, por fim, anunciar o vencedor.
Esse é o protocolo descrito na Constituição e a Lei de Contagem Eleitoral dos EUA.
Pence está em uma "saia justa" e vem sofrendo pressão dos líderes do partido Republicano.
A tal pressão, mesmo que indireta, também vem de Donald Trump, que recentemente usou suas redes sociais para alegar que "O Departamento de Justiça e o FBI não tinham feito nada sobre a fraude na eleição" e chamando seus apoiadores: "Nunca desistam. Vejo todos em Washington, em 6 de janeiro".
Muitos interpretaram a publicação como uma mensagem ao vice-presidente e aos congressistas republicanos.
Louie Gohmert, deputado do Texas, e alguns outros políticos, entraram com uma ação judicial para tentar forçar Pence a indicar delegados de Trump no colégio eleitoral.
O vice-presidente não deu qualquer indicação do que pretende fazer. Ou será que deu?
A declaração de Pence, esta semana, foi considerada comedida.
"Vamos continuar lutando até que todos os votos legais sejam contados", disse ele.
Até o momento, Trump criticou duramente a inércia dos juízes da Suprema Corte, do FBI e até de Mitch McConnell, líder do partido no Senado, mas nunca atacou Pence, o que indica que talvez tenha esperanças de que seu vice decida fazer a coisa certa.