O governo do Estado de São Paulo divulgou informações preliminares dos estudos clínicos da Fase III da Coronavac. Os dados destacam a eficácia de 100% na prevenção de casos graves e de internações com base na Covid-19.
O Instituto Butantan divulga ainda que a vacina previne 78% das infecções leves e atendimentos ambulatoriais. O percentual supera o mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde, de 50%. Fica abaixo, contudo dos resultados das principais concorrentes, como Moderna, Pfizer e AstraZeneca.
O estudo liderado pelo Butantan envolveu cerca de 12.900 voluntários, com metade recebendo placebo e metade tomando a vacina de duas doses. A maioria, profissionais de saúde.
Epidemiologista da Fiocruz, Julio Croda explica que qualquer das vacinas em teste no Brasil atende à meta mais imediata, que é frear a expansão descontrolada da pandemia. Antes de alcançar a imunidade coletiva, e frear a curva de vez, o essencial é reduzir os casos graves e diminuir as internações. O primeiro passo é evitar o colapso que já começa a se desenhar em cidades como Manaus.
Doria destacou a liderança do Butantan no desenvolvimento da vacina e o planejamento iniciado em abril, mesmo menos de dois meses depois do primeiro caso. O governador saudou os pesquisadores de oito estados e os mais de 13 mil voluntários para a testagem da vacina. Em seguida, comemorou a divulgação dos estudos definitivos e as perspectivas de imunização em massa:
"Chegou o dia! Nós temos , pronta para uso e eficaz, a vacina do Brasil!", disse Dória.
O Brasil tem o segundo surto mais letal do mundo, depois dos Estados Unidos, e pretende vacinar 51 milhões de pessoas, ou cerca de um quarto de sua população, no primeiro semestre de 2021, embora as imunizações ainda não tenham começado.
Em nota, a Anvisa informou que realizou na manhã de hoje (7) a reunião com o Instituto Butantan para pré-submissão da vacina Coronavac.
"Durante a reunião, a equipe técnica do Instituto Butantan apresentou informações, por meio do power point, referentes a eficácia e segurança da vacina.
Não houve submissão do pedido de uso emergencial pelo Instituto, mas sim a apresentação de informações gerais sobre os estudos de eficácia.
Os representantes do Instituto afirmaram que vão agendar nova reunião para prosseguir no detalhamento das informações e dados.
A reunião de pré submissão é uma estratégia que segue a prática de outras autoridades regulatórias do mundo. Esta reunião é feita antes do envio de pedido formal de qualquer laboratório para dar conhecimento prévio do projeto de vacina e otimizar os direcionamentos técnicos e legais, além de
A análise formal da Anvisa começa a partir da chegada do processo com informações globais sobre a vacina.
Até o momento, não recebemos o pedido de uso emergencial. Os técnicos do Instituto Butantan irão agendar nova reunião com a agência", diz a nota